quarta-feira, 6 de abril de 2011

Um lugar ao mar: Bolívia quer saída pelo Pacífico e designa diretor de estratégia marítima para litigio contra Chile

O deserto de Atacama sempre foi motivo de conflito entre Chile e Bolívia em razão do rico em depósitos de nitratos de sódio e de cobre naquela região. 
Fronteiras do Chile, 
Bolívia e Peru antes 
e depois da 
Guerra do Pacífico
No período pós-colonização, buscou-se adotar a linha limítrofe entre Chile e Bolívia através de um acordo entre os países, desrespeitada por este último. Como resposta, o Chile ocupou o porto boliviano de Antofagasta em 1879, dando início a chamada Guerra do Pacífico que findou em 1883. No confronto, Bolívia e seu aliado Peru foram derrotados pelo Chile, que anexou ricas áreas em recursos naturais de ambos os países derrotados. Bolívia, ainda, deixou de ter saída pelo mar.
Apesar do Tratado de 1904 ter buscado ratificar a paz e reconhecer o domínio perpétuo do território em litígio por parte do Chile, a Bolívia pretende a recuperação do acesso ao oceano Pacífico.
Tal iniciativa constado, inclusive, como um dos objetivo nacional boliviano da  atual constituição (Art, 267), aprovada em fevereiro de 2009. 
O tema também foi abordado esta semana pelo governo Evo Morales, que designou um diretor de estratégia marítima para o litígio contra o Chile. Segundo o presidente boliviano, "para reparar los daños de tantos años en lo económico, en lo social y, lo más importante, -satisfacer- ese gran sentimiento del pueblo boliviano de retornar al Pacífico, con soberanía. [...] Han pasado 132 años de diálogo -con Chile- sin resultados, eso nos obligó, no a retroceder, sino a dar un paso más recurriendo a tribunales internacionales".
Morales afirmou que pretende recorrer a tribunais internacionais alegando que a Tratado de 1904 foi firmado sob coação.

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