Mostrando postagens com marcador Nazismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Nazismo. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Parlamento Europeu aprovou resolução que coloca nazismo e comunismo em pé de igualdade


A União Europeia colocou comunismo e nazismo em pé de igualdade, depois de o Parlamento Europeu ter aprovado em setembro uma resolução que condena os dois regimes ditatoriais.
No passado dia 19 de setembro, a União Europeia colocou comunismo e nazismo em pé de igualdade, depois de aprovar no Parlamento Europeu uma resolução condenando ambos os regimes por terem cometido “genocídios e deportações e foram a causa da perda de vidas humanas e liberdade em uma escala até agora nunca vista na história da humanidade”.
A resolução Importance of European remembrance for thefuture of Europe contou com 535 votos a favor, 66 contra e 52 abstenções, noticia o jornal espanhol ABC esta terça-feira. Apesar do significado histórico, esta resolução passou despercebida pela maioria, ainda que este seja tema de debate recorrente entre os historiadores desde a queda da União Soviética há três décadas.

De acordo com o ABC, o jornalista polaco Ryszard Kapuscinski chegou a essa conclusão em 1995: “Se pudermos estabelecer a comparação, o poder destrutivo de Estaline era muito maior. A destruição levada a cabo por Hitler não durou mais de seis anos, enquanto o terror de Estaline começou na década de 1920 e prolongou-se até 1953.”
O debate alcançou o seu auge em 1997, com a publicação do “Livro Negro do Comunismo” que foi escrito por um grupo de historiadores sob a direção do investigador francês Stéphane Courtois, que se esforçaram por fazer um balanço preciso e documentado das verdadeiras perdas humanas do comunismo. Os resultados foram esmagadores: cem milhões de mortos, quatro vezes mais do que o valor atribuído por esses mesmos historiadores ao regime de Hitler.
Apesar de tudo, estes números não eram uma novidade. Outros investigadores, como Zbigniew Brzezinski, Robert Conquest, Aleksandr Solzhenitsyn e Rudolph Rummel, já se tinham interessado anteriormente pelo Gulag, a fome causada por Estaline na Ucrânia e as deportações em massa dos dissidentes do regime soviético.
Uma das diferenças entre os dois regimes é que o Gulag soviético foi usado para punir e eliminar dissidentes políticos, com o objetivo de transformar as estruturas socioeconómicas do país e promover a coletivização e a industrialização. Os nazis, por seu lado, usavam os campos de concentração principalmente para extermínio de vários grupos étnicos, políticos e sociais.
O regime nazi foi culpado do genocídio de cerca de 6 milhões de pessoas, incluindo judeus, ciganos, homossexuais e comunistas.
A resolução aprovada pelo Parlamento Europeu é bastante incisiva, nela se apelando, nomeadamente “a uma cultura comum da memória que rejeite os crimes dos regimes fascista e estalinista e de outros regimes totalitários e autoritários do passado como forma de promover a resiliência contra as ameaças modernas à democracia, em particular entre a geração mais jovem”. Também se manifesta “profundamente preocupado com os esforços envidados pela atual liderança russa para distorcer os factos históricos e para «branquear» os crimes cometidos pelo regime totalitário soviético, e considera que estes esforços constituem um elemento perigoso da guerra de informação brandida contra a Europa democrática com o objetivo de dividir a Europa”.

Fonte: Observador




quarta-feira, 15 de julho de 2015

Tribunal alemão condena "Contador de Auschwitz"

Um alemão de 94 anos que trabalhou como contador no campo de concentração de Auschwitz foi condenado nesta quarta-feira a 4 anos de prisão por ser cúmplice do assassinato de 300 mil pessoas, no que pode ser um dos últimos grandes julgamentos do Holocausto.
Oskar Groening, condenado a 4 anos de prisãoOskar Groening não matou ninguém enquanto trabalhava no campo polonês ocupado pelos nazistas, mas os procuradores argumentaram que ele, sendo responsável pelas anotações bancárias de judeus recém-chegados, ajudou a apoiar o regime responsável por assassinatos em massa.
Groening, de cabelos brancos, que estava em julgamento desde abril, admitiu culpa moral, mas disse que cabia ao tribunal decidir se ele era legalmente culpado. 
Ele disse anteriormente neste mês que só poderia pedir a Deus para perdoá-lo, à medida que não podia pedir isto para as vítimas do Holocausto.
O julgamento abordou a questão de pessoas que eram pequenas partes da máquina nazista, mas não participaram ativamente na morte de 6 milhões de judeus durante o Holocausto.
Até recentemente, o sistema de Justiça alemão considerava que elas não deveriam ser condenadas pelas mortes.
Durante seu período em Auschwitz, a função de Groening era coletar os pertences dos deportados após a chegada e colocá-los em processo de seleção, que resultava no envio de muitos para câmaras de gás.
As acusações contra ele são de um período entre maio e julho de 1944, quando 137 trens com cerca de 425 mil judeus da Hungria chegaram a Auschwitz.
Pelo menos 300 mil destes judeus foram enviados para câmaras de gás, de acordo com a acusação.
Fonte: Exame