terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Em Tóquio, a felicidade vem de caminhão

Toda quinta-feira, Toninho estaciona seu caminhão em frente à embaixada brasileira de Tóquio e abre as portas do baú. Rapidamente, começa o entra-e-sai de brasileiros e japoneses –ou clientes que são a mistura dessas duas nacionalidades.
Lá dentro, Antonio Shikota, o Toninho, 52, oferece itens preciosos (ainda mais) deste lado do mundo: doce de leite, queijo minas, carne com corte comum no Brasil (como picanha e alcatra), goma de tapioca, suco de maracujá, tempero pronto, salgados (como pastel e empada), farinha de mandioca, mistura para pão de queijo, chocolates brasileiros, etc.
Também é possível encontrar produtos de limpeza e de higiene pessoal de marcas brasileiras, e até revistas do Brasil –com um atraso muito pequeno perto do que se poderia imaginar.
Caminhão estacionado em frente à embaixada brasileira em Tóquio vende produtos nacionais
Caminhão estacionado em frente à embaixada brasileira em Tóquio vende produtos nacionais (dezembro/Johanna Nublat)
Toninho, paulista de pais japoneses, trabalha com comércio de produtos brasileiros na região de Tóquio há 22 anos –dos 26 vividos no Japão. Segundo ele, os produtos mais populares no caminhão e nas lojas física e virtual são as carnes e linguiças, os salgados prontos e itens como café e leite condensado.
“O pessoal sente saudade do tempero brasileiro. A maioria já está acostumada [com a comida japonesa], mas sente falta de uma linguicinha, de um salgado”, diz. Por conta do Natal, Toninho estacionou em frente à embaixada excepcionalmente na quarta (24), com decoração natalina e alguns panetones nas prateleiras.
Ele conta que 80% da clientela é composta de brasileiros, dispostos a pagar um pouco mais pelo gosto nacional. Uma lata de leite condensado pode sair por quase US$ 4, e um saco de chocolate granulado custa pouco mais de US$ 2.
Em seu caminhão, Toninho oferece produtos brasileiros

No caso do Japão, “o pessoal” citado por Toninho forma uma das maiores comunidades de brasileiros no exterior, estimada pelo Itamaraty em mais de 186 mil pessoas. Também de olho nesse público, há outras lojas virtuais que buscam trazer certo conforto para quem vive tão longe de “casa”.
Essa foi outra importante diferença que percebi entre o Japão e a China –de onde estou afastada nessa semana do Natal, excepcionalmente.
Em Pequim, até agora não encontrei produtos brasileiros disponíveis em mercados, falta que é facilmente explicada quando se observa o tamanho do “pessoal” que vive na China: apenas 11,6 mil brasileiros, segundo uma estimativa do Itamaraty para 2013.
Já outras comunidades mais numerosas que nós, brasileiros, encontram com facilidade produtos de seus países em mercados das grandes cidades chinesas. Geralmente em supermercados voltados para expatriados, não faltam macarrão italiano, queijos franceses, biscoitos ingleses e russos, mostradas alemãs, e por aí vai.
Até hoje, em minhas buscas por Pequim, não encontrei nada feito à base de mandioca –mas ainda não desisti.

Fonte: UOL

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Estados Unidos e Cuba restabelecem relações diplomáticas

Os EUA vão reabrir a embaixada americana em Cuba. Cuba se comprometeu a abrir o país para organizações internacionais, como a ONU. 
Os Estados Unidos e Cuba anunciaram, nesta quarta-feira (17), mudanças históricas. A principal delas é que os dois países vão restabelecer as relações diplomáticas, que estão rompidas há mais de meio século.
Os presidentes dos dois países foram à televisão ao mesmo tempo para dar a notícia. Em Cuba, Raul Castro disse que a decisão de Barack Obama merece respeito e reconhecimento dos cubanos.
Nos Estados Unidos, Obama afirmou que a estratégia de isolar Cuba não funcionou. E que os americanos, agora, estendem uma mão amiga aos cubanos.
"Na mudança mais significativa em mais de 50 anos, vamos encerrar uma estratégia que há décadas falhou em atingir os resultados desejados. Em vez disso, vamos começar a normalizar as relações entre os nossos países", disse Obama. O presidente até falou em espanhol: "Todos somos americanos".
O sinal de que a retomada nas relações diplomáticas estava próxima veio poucas horas antes. Cuba libertou Alan Gross, um americano preso há cinco anos. E também um cubano que trabalhou como agente secreto para os Estados Unidos e estava preso na ilha há 20 anos. Em troca, a Casa Branca ordenou a libertação de três cubanos presos por espionagem. Foi um dia histórico.
Desde a década de 1960, Estados Unidos e Cuba são inimigos. Era a Guerra Fria, época em que Estados Unidos - capitalistas - e a União Soviética, comunista - disputavam a supremacia mundial.
Em Cuba, Fidel Castro chegou ao poder em 1959 e iniciou um governo comunista. Para derrubá-lo, os Estados Unidos impuseram um embargo econômico: pararam de comprar produtos cubanos, a começar pelo açúcar, importante fonte de dinheiro para o país. E também pararam de exportar para Cuba. Restringiram as viagens de americanos para lá e romperam as relações diplomáticas.
Nos últimos anos, o governo de Barack Obama tinha começado a afrouxar algumas das restrições. Americanos já conseguiam viajar a Cuba com alguma facilidade se fosse para atividades religiosas ou jornalísticas, por exemplo.
Nesta quarta-feira (17), os dois presidentes lembraram que, apesar da reaproximação, o embargo econômico continua em vigor.
"Concordamos em restabelecer as relações diplomáticas, mas isso não significa que todas as principais questões estejam resolvidas", disse o presidente cubano. "O bloqueio econômico, comercial e financeiro, que causa prejuízos econômicos e humanos enormes ao nosso país, tem que acabar", concluiu.
Obama explicou que o embargo está definido em leis e só o legislativo tem o poder de mudá-las. "Estou ansioso para envolver o Congresso em um debate honesto e sério sobre o fim do embargo", disse.
Enquanto isso, o presidente anunciou que vai facilitar as viagens de americanos para Cuba, desde que não sejam a turismo.
Entre as outras novidades, Obama disse que americanos vão poder usar cartões de crédito e de débito na ilha. E que vai reabrir a embaixada americana no país. Estados Unidos e Cuba vão trabalhar juntos em questões como combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas.
Cuba se comprometeu a abrir o país para organizações internacionais, como a ONU e a Cruz Vermelha. E a oferecer mais acesso à internet para a população. O governo de Raul Castro também vai libertar 53 prisioneiros, considerados, pelos americanos, presos políticos.
Barack Obama e Raul Castro se falaram na terça-feira (16), por telefone, durante 45 minutos, sobre a reaproximação. Foi a primeira conversa entre um líder americano e um cubano em 55 anos. Mas a costura desse acordo envolveu ainda um terceiro chefe de Estado: o do Vaticano. Tanto Obama quanto Castro reconheceram o papel fundamental do Papa Francisco, que vinha cobrando deles uma solução para o velho problema entre os dois países.
Fonte: G1

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

18 sinais de que você não superou seu intercâmbio

Voltar de uma longa viagem nem sempre é fácil. Não importa se você está louco de saudades de casa, ou ainda gostaria de continuar a aventura por mais alguns meses, o retorno geralmente é um baque.
Os amigos que já não são os mesmos (nem você é), sua família que não entende seu novo estilo de vida, a cidade que não é tão legal, e aquele mundo cheio de novidades que, de repente, "não existe mais".
Separamos alguns sinais de que você NÃO superou seu intercâmbio. E talvez nunca supere!
1. Você entra em colapso cada vez que escuta o nome da cidade onde morou.

2. E tem um sentimento de posse toda vez que alguém diz que vai visitar a "sua" cidade.
Meu precioso!

3. E já manda um e-mail com um milhão de dicas.
Que está pronto e foi enviado para pelo menos 20 pessoas.

4. Também fala como um louco, sobre TODOS os programas i-m-p-e-r-d-í-v-e-i-s que ela precisa fazer.
Não interessa que ela vá passar dois dias e que você tenha vivido seis meses.

5. Aliás, você vive "passeando" pela cidade onde morou via Google Street View.

6. Até seus sonhos as vezes são em outro idioma.

7. Ah! E você passa a usar expressões nessa nova língua.

8. Por essas e por outras, seus amigos acham você metido.

9. Você tenta reproduzir as comidas típicas em casa, mas elas não ficam a mesma coisa.

10. As idas ao supermercado não têm mais a mesma graça.

11. Você desenvolve apego com personalidades desconhecidas no seu país.
E ai de quem falar mal!!!

12. E mantém uns hábitos ~diferentes~.
Hora do meu chá das cinco!

13. Virar a internet atrás de qualquer coisa que possa te mandar de volta vira rotina.
Bolsas de estudos, au pair, trabalho voluntário, vale tudo!

14. Assim como ouvir - e cantar do começo ao fim - todas as músicas da balada de lá.

15. Você sente saudade de ficar perdido no metrô.
E de ter licença poética para fazer um monte de bobagem porque era intercambista.

16. E tenta reconhecer todo e qualquer lugar que apareça em algum filme.
E chooooooora de saudades.

17. Você morre de saudade dos seus amigos.

18. E quer muito voltar, mas tem medo que não seja tão legal quanto foi da outra vez.


Fonte: Brasil Post