terça-feira, 26 de junho de 2018

Brasil reconhece pessoas apátridas pela 1ª vez

Pela primeira vez, o governo brasileiro reconhecerá a condição de apátrida — quando o indivíduo não tem nacionalidade — de duas pessoas. O ministro da Justiça, Torquato Jardim, assinará nesta segunda-feira (25) o reconhecimento das irmãs Maha e Souad Mamo, durante a abertura da Semana do Refugiado no Ministério da Justiça. Com a decisão, elas poderão conseguir a naturalização simplificada, um procedimento específico para os apátridas.
De acordo com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo não possuem nacionalidade, ou seja, são apátridas. Por não possuírem uma certidão de nascimento e, consequentemente, outros documentos de identidade, muitas vezes elas são impedidas de ir à escola, consultar um médico, trabalhar, abrir uma conta bancária, comprar uma casa ou se casar.
Maha e Souad Mamo moram há cerca de quatro anos no Brasil como refugiadas. Segundo o ACNUR, a medida das autoridades brasileiras para lhes dar a condição de apátrida é o primeiro passo para que possam conseguir a naturalização simplificada, um procedimento disponível especificamente para quem não tem nacionalidade. O reconhecimento da apatridia passou a existir no Brasil a partir da nova Lei de Migração, em vigor desde novembro de 2017.

Fonte: ONUBR

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