quinta-feira, 25 de setembro de 2014

69ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas começou dia 24 de setembro. Entenda por que o Brasil é sempre o primeiro a discursar.

O debate geral anual da Assembleia Geral da ONU, que conta com a participação de chefes de estado e de governo de todo o planeta, começou na quarta-feira, 24 de setembro, e termina na terça-feira, 7 de outubro.
Fundada em 1945 sob a Carta das Nações Unidas, a Assembleia Geral ocupa uma posição privilegiada como o centro deliberativo, formulador de políticas e órgão representante das Nações Unidas. Composto por todos os 193 Estados-membros das Nações Unidas, fornece um fórum único para a discussão multilateral de todo o espectro de questões internacionais abrangidas pela Carta. Desempenha também um papel significativo no processo de normalização e codificação do direito internacional.
Como é tradição desde a primeira Assembleia Geral, que aconteceu em 1947, o Brasil abrirá a sessão. Muitos dizem que esse  privilégio foi concedido ao Brasil por ser o primeiro país a se tornar membro das Nações Unidas, mas isso não é verdade. A ONU foi fundada por 50 países, em 1945, quando foi divulgada sua Carta.
Essa tradição começou na primeira Assembleia-Geral da ONU, onde o o então ministro das Relações Exteriores, Oswaldo Aranha, discursou. Não se sabe ao certo o motivo do nosso país ser o escolhido para sempre inaugurar o evento mais importante da ONU, alguns estudiosos afirmam ser para evitar as tensões entre Estados Unidos e União Soviética, uma vez que o Brasil era considerado um país neutro no contexto pós-Segunda Guerra Mundial, início de Guerra Fria.  Outra teoria alega que essa foi uma compensação para o fato de nosso país ter ficado de fora do Conselho de Segurança, um posto que o Itamaraty ainda almeja.
Embora não seja citado em nenhum estatuto oficial da ONU que o Brasil faça o discurso inaugural da assembleia, esse costume se manteve ao longo dos anos, até mesmo no período da ditadura militar (1964-1985), quando no lugar do presidente, a chancelaria do Itamaraty passou a representar oficialmente o país na Assembleia Geral.

Fonte: CEDIN

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