segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Presidente do Cazaquistão quer que país mude de nome

Cazaquistão deveria mudar de nome e tirar o sufixo “stão”. Isso melhoraria a imagem do país e atrairia turistas e investidores.
Essa é a peculiar sugestão do presidente do país, Nursultan Nazarbayev. 
Ele usou a Mongólia como exemplo de país da região que não tem tal sufixo no nome e atrai muito mais capital estrangeiro.
Tirar o “stão” evitaria aproximações com países não muito bem vistos, como Paquistão e Afeganistão.
“Stão” vem de “stan”, que quer dizer terra. “Kazakhstan” significaria, então, “terra dos cazaques” - que são o principal grupo étnico da região.
Para o presidente, não tem sentido usar o “stão”, um sufixo de origem persa. Ele sugere que o nome seja “Kazak Yeli”, o que significaria “país dos cazaques”.
Outras nações da região com esse sufixo são Uzbequistão e Turcomenistão.
Presidente desde 1991, Nazarbayev é um nacionalista, o que explica muito sobre seu desejo de trocar o nome do país para algo "puramente cazaque".
Ele também é um notório autoritário, mas garantiu que não mudaria nada sem antes consultar o povo.

Múltiplas etnias
Se depender da composição étnica do Cazaquistão, contudo, a decisão de criar um novo nome “puramente cazaque” não será tão bem aceita assim.
Os cazaques pertencem ao maior grupo étnico do país, mas não são maioria. São 41,9%.
Outras grandes etnias compõem a cultura múltipla do país: 37% são russos, 5,2% são ucranianos e ainda há povos germânicos, uzbeques e tarares.

História de mudanças
Até o século 19, o local de chamada Canato Cazaque. Quando foi anexado ao império russo, virou uma das repúblicas soviéticas.
Ganhou o nome atual em 1991, após o fim da União Soviética.
Já o presidente Nazarbayev sempre teve predileção pelas mudanças. Primeiro, em 1993, a capital do país mudou de nome: de Alma Ata para Almaty.
Depois, em 1997, a sede do governo partiu para outro cidade, Akmola. Então, Akmola mudou de nome para Astana.

Fonte: Exame

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