O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta
terça-feira (22) como "persona non grata" o encarregado de negócios
dos Estados Unidos em Caracas, Todd Robinson, e o chefe da seção política da
embaixada americana, Brian Naranjo. Eles terão 48 horas para deixar o país.
"Já basta de conspirações", esbravejou o
presidente chavista depois de fazer o anúncio diante de parte de seu gabinete.
Maduro acusou Robinson de participar de conspiração militar,
econômica e política, assim como de ter "violado a lei internacional de
maneira descarada", e garantiu ter provas que serão apresentadas no
futuro.
Afirmou que a chancelaria venezuelana tinha chamado a
atenção do diplomata "mais de 10 vezes, em particular, em público, por
escrito, de forma verbal", mas o americano não mudou sua postura e se
comportou como um "ativo conspirador".
Robinson está há menos de um ano em Caracas e é o principal
representante dos Estados Unidos na Venezuela, uma vez que ambos países não têm
embaixadores há oito anos, como consequência do conflito nas relações
diplomáticas desde o início da chamada revolução bolivariana em 1999.
As expulsões norte-americanas foram confirmadas durante o
ato em que Maduro foi proclamado como presidente reeleito, depois das
questionadas eleições de domingo, não reconhecidas pelos EUA.
Ele recebeu 58% dos votos na eleição deste domingo, que foi
marcada por denúncias de fraude, tentativa de boicote da oposição, abstenção de
54% e falta de reconhecimento por grande parte da comunidade internacional.
Após o anúncio do resultado, Trump assinou uma
ordem executiva banindo o envolvimento de cidadãos norte-americanos em
negociações de títulos da dívida da Venezuela e de outros ativos.
Fonte: G1
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