sexta-feira, 25 de maio de 2018

Maduro expulsa dois diplomatas dos EUA em Caracas

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta terça-feira (22) como "persona non grata" o encarregado de negócios dos Estados Unidos em Caracas, Todd Robinson, e o chefe da seção política da embaixada americana, Brian Naranjo. Eles terão 48 horas para deixar o país.
"Já basta de conspirações", esbravejou o presidente chavista depois de fazer o anúncio diante de parte de seu gabinete.
Maduro acusou Robinson de participar de conspiração militar, econômica e política, assim como de ter "violado a lei internacional de maneira descarada", e garantiu ter provas que serão apresentadas no futuro.
Afirmou que a chancelaria venezuelana tinha chamado a atenção do diplomata "mais de 10 vezes, em particular, em público, por escrito, de forma verbal", mas o americano não mudou sua postura e se comportou como um "ativo conspirador".
Robinson está há menos de um ano em Caracas e é o principal representante dos Estados Unidos na Venezuela, uma vez que ambos países não têm embaixadores há oito anos, como consequência do conflito nas relações diplomáticas desde o início da chamada revolução bolivariana em 1999.
As expulsões norte-americanas foram confirmadas durante o ato em que Maduro foi proclamado como presidente reeleito, depois das questionadas eleições de domingo, não reconhecidas pelos EUA.
Ele recebeu 58% dos votos na eleição deste domingo, que foi marcada por denúncias de fraude, tentativa de boicote da oposição, abstenção de 54% e falta de reconhecimento por grande parte da comunidade internacional.
Após o anúncio do resultado, Trump assinou uma ordem executiva banindo o envolvimento de cidadãos norte-americanos em negociações de títulos da dívida da Venezuela e de outros ativos.

Fonte: G1

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