O Cazaquistão deveria
mudar de nome e tirar o sufixo “stão”. Isso melhoraria a imagem do país e
atrairia turistas e investidores.
Essa é a
peculiar sugestão do presidente do país, Nursultan Nazarbayev.
Ele usou
a Mongólia como
exemplo de país da região que não tem tal sufixo no nome e atrai muito mais
capital estrangeiro.
Tirar o
“stão” evitaria aproximações com países não muito bem vistos, como Paquistão e
Afeganistão.
“Stão”
vem de “stan”, que quer dizer terra. “Kazakhstan” significaria, então, “terra
dos cazaques” - que são o principal grupo étnico da região.
Para o
presidente, não tem sentido usar o “stão”, um sufixo de origem persa. Ele
sugere que o nome seja “Kazak Yeli”, o que significaria “país dos cazaques”.
Outras
nações da região com esse sufixo são Uzbequistão e Turcomenistão.
Presidente
desde 1991, Nazarbayev é um nacionalista, o que explica muito sobre seu desejo
de trocar o nome do país para algo "puramente cazaque".
Ele
também é um notório autoritário, mas garantiu que não mudaria nada sem antes
consultar o povo.
Múltiplas etnias
Se
depender da composição étnica do Cazaquistão, contudo, a decisão de criar um
novo nome “puramente cazaque” não será tão bem aceita assim.
Os
cazaques pertencem ao maior grupo étnico do país, mas não são maioria. São
41,9%.
Outras
grandes etnias compõem a cultura múltipla do país: 37% são russos, 5,2% são
ucranianos e ainda há povos germânicos, uzbeques e tarares.
História de mudanças
Até o
século 19, o local de chamada Canato Cazaque. Quando foi anexado ao império
russo, virou uma das repúblicas soviéticas.
Ganhou o
nome atual em 1991, após o fim da União Soviética.
Já o
presidente Nazarbayev sempre teve predileção pelas mudanças. Primeiro, em 1993,
a capital do país mudou de nome: de Alma Ata para Almaty.
Depois,
em 1997, a sede do governo partiu para outro cidade, Akmola. Então, Akmola
mudou de nome para Astana.
Fonte: Exame
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