Para a maioria dos trabalhadores,
boa parte do seu dia é gasto em meios de transporte, indo para e vindo de seu
trabalho – e costumeiramente é essa a parte mais desgastante e cansativa. Pois
uma corte europeia de justiça decidiu que o tempo gasto em viagens para ir e
vir de seus empregos também contarão como horas de trabalho, a serem pagas
pelas empresas.
A decisão se aplica também aos
prestadores de serviços sem escritório fixo em seus deslocamentos, e afetará
milhões de pessoas na comunidade europeia. A ideia da corte é prezar pela saúde
e segurança dos trabalhadores, que não podem ser forçados pelos contratantes a
trabalhar mais de 48 horas por semana.
A decisão se deu a partir de uma
empresa espanhola, que fechou seus escritórios regionais e manteve somente os
escritórios principais, em grandes centros urbanos, aumentando intensamente o
tempo de deslocamento dos funcionários até chegarem ao trabalho. “Fazer com que
os trabalhadores paguem pelas decisões das empresas vai contra o objetivo de
proteger suas saúdes e seguranças, que inclui a necessidade de um tempo regular
de descanso”, afirmou a corte.
Veja aqui a sentença na íntegra.
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