O Conselho de Segurança da ONU aprovou esta terça-feira resolução para combater o tráfico humano mundial.
O órgão condenou a prática em áreas de conflito armado e disse que ela enfraquece o Estado de direito e contribui para outras formas de crimes organizados transnacionais que aumentam a insegurança e a instabilidade.
Duas frentes
Em pronunciamento aos integrantes do Conselho, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo para que os Estados-membros adotem medidas para ajudar as vítimas do tráfico humano e previnam outros casos no futuro.
Para combater o problema Ban afirmou que são necessárias duas frentes. A primeira em relação à justiça e prestação de contas, e a segunda, direitos humanos e estabilidade.
Segundo ele, o tráfico humano é um problema global, mas as pessoas mais vulneráveis são as mais afetadas em conflitos, entre elas, mulheres, crianças, deslocados internos e refugiados.
Ban alertou que grupos terroristas, como o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, Boko Haram e Al Shabaab, entre outros, usam o tráfico humano e a violência sexual como armas de terror e uma importante fonte de renda.
Europa
Segundo o chefe da ONU, tanto o Isil como o Boko Haram vendem mulheres e meninas como escravas sexuais, como acontece, por exemplo, com meninas da minoria yazidi, capturadas no Iraque.
Elas são traficadas para a Síria onde são vendidas em mercados abertos de escravos. Antes do início da guerra na Síria, em 2011, eram registrados poucos casos de tráfico humano no país.
Atualmente, vítimas desse tipo de crime na Síria, junto com mulheres e meninas do Iraque, da Somália e de outros países em conflito, são encontradas na Europa, na Ásia e no Oriente Médio.
A resolução aprovada pelo Conselho de Segurança pede aos países que ainda não o fizeram que ratifiquem e implementem a Convenção da ONU Contra o Crime Organizado Transnacional e o protocolo para prevenir, impedir e punir os responsáveis por tráfico humano.
Fonte: Radio ONU
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