“Meu compromisso de fazer a questão da Líbia uma prioridade
no ano que vem é endossado por uma série de fatores”, disse Fatou Bensouda ao
Conselho de Segurança, destacando o desejo de proporcionar justiça às vítimas
de crimes generalizados; aliviar o sofrimento da população; e empreender uma
investigação mais aprofundada sobre os delitos.
Citando a violência generalizada, a impunidade e os graves
impactos gerados pelo conflito na Líbia aos civis, a procuradora-chefe do
Tribunal Penal Internacional (TPI), Fatou Bensouda, informou na quarta-feira
(9) que a situação do país será tomada como prioridade em 2017.
“Meu compromisso de fazer a questão da Líbia uma prioridade
no ano que vem é endossado por uma série de fatores”, disse Bensouda ao
Conselho de Segurança, destacando o desejo de proporcionar justiça às vítimas
de crimes generalizados; aliviar o sofrimento da população; e empreender uma
investigação mais aprofundada sobre os delitos.
Em relação ao caso de Saif al-Islam Gaddafi – ex-figura
política da Líbia e filho do líder líbio Muammar Gaddafi –, Bensouda pediu que
as autoridades do país façam todo o possível para que ele seja transferido ao
TPI sem mais demora.
Quanto ao caso de Abdullah Al-Senussi, ex-chefe da
inteligência líbia, a procuradora-chefe disse que está aguardando o relatório
completo da Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL) sobre a
condução do julgamento interno, e afirmou que o seu escritório vai estudá-lo
assim que estiver disponível.
“Meu gabinete continua sendo da opinião de que não surgiram
novos fatos que invalidam os motivos pelos quais o Juízo de Instrução concluiu
que o caso de Al-Senussi é inadmissível perante o Tribunal”, acrescentou.
Segundo Bensouda, o TPI também pretende solicitar novos
mandados de prisão sob sigilo assim que possível, e espera ter novas ordens de
detenção em um futuro próximo.
“A execução de novos mandados de prisão no prazo adequado
será crucial, exigirá esforços coordenados dos Estados e o apoio do Conselho de
Segurança”, acrescentou, observando que decidiu atribuir recursos adicionais do
orçamento global do seu gabinete à situação na Líbia.
“Peço que os membros do Conselho reconheçam a
responsabilidade coletiva e apoiem as investigações na Líbia em 2017. É o
mínimo que podemos dar ao povo líbio”, concluiu.
Fonte: ONU Brasil
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