segunda-feira, 18 de julho de 2016

Jovem brasileiro questiona candidatos a cargo de chefe da ONU sobre Conselho de Segurança

Durante debate histórico entre candidatos ao cargo de secretário-geral da ONU, o brasileiro Christian tomou a palavra e perguntou que medidas poderiam ser tomadas para reverter o “desequilíbrio entre as nações” provocado pela composição restrita e pelo poder de veto dos membros permanentes do Conselho de Segurança.
Em debate histórico que reuniu os candidatos ao cargo de secretário-geral da ONU na Assembleia Geral, na última terça-feira (12), um menino brasileiro tomou a palavra e questionou os possíveis novos chefes das Nações Unidas sobre a composição excludente do Conselho de Segurança.
“O fato de o Conselho de Segurança ser composto por apenas cinco países como membros permanentes gera um desequilíbrio entre as nações, tendo em vista o poder de veto que tais países possuem. Quais as medidas que poderiam ser tomadas para tornar este Conselho de Segurança mais justo e igualitário?”, perguntou o jovem Christian durante uma rodada de perguntas aberta ao público da Assembleia.
O candidato escolhido pela apresentadora da rede Al Jazeera — mediadora e transmissora do debate —, Folly Bah Thibault, para responder foi a neozelandesa e atual chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Helen Clark.
“Sobre a composição (do Conselho), nós temos um Conselho que é um reflexo de 1945, do acordo do final da Segunda Guerra Mundial. Há dez anos, os Estados-membros tentaram reformá-lo, mas não chegaram a conclusões”, lembrou a dirigente da agência da ONU.
Clark destacou que o debate sobre quem integra o Conselho voltou à tona e que, enquanto secretária-geral, ela fará o possível para facilitar discussões e oferecer aconselhamento técnico e legal para mudanças na composição do organismo.
A respeito do processo de tomada de decisões dentro do Conselho de Segurança, a candidata disse que espera ser capaz de contribuir para a construção de uma “cultura de confiança” entre membros importantes do organismo.
“O Conselho de Segurança funciona melhor quando não há polarização nele” e quando todos se unem para resolver uma ameaça à paz e à segurança mundiais, ressaltou Clark. “E sabemos bem que estamos testemunhando muitas ameaças reais, ameaças concretas à paz e à segurança agora.”
A candidata enfatizou a necessidade de redobrar esforços pela paz, uma vez que a ONU “não está indo bem” na proteção das gerações futuras do flagelo da guerra — um dos primeiros princípios estabelecidos pela Carta das Nações Unidas.
Fonte: ONU Brasil

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