segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Venezuela cria vice-ministério para a Suprema Felicidade Social

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira, 25, a criação do vice-ministério para a Suprema Felicidade Social, que coordenará os programas de assistência desenvolvidos pelo governo - as "missiones". O gabinete será coordenado pelo ex-deputado e médico, Rafael Ríos, e atenderá pessoas com deficiência, sem-teto, idosos e crianças.
Presidente criou vice-ministério para coordenar programas sociais do país - Ariana Cubillos/AP
Presidente criou vice-ministério para coordenar programas sociais do país
O objetivo é que as pessoas sejam "atendidas da forma mais sublime, sensível, delicada e amável por pessoas que se dizem cristãs, revolucionárias e chavistas", afirmou Maduro, em pronunciamento transmitido do palácio presidencial de Miraflores.
Entre outras medidas de caráter social, o presidente também anunciou o reforço ou a criação de novas "missiones" e citou como exemplo uma que cuidará dos animais e será batizada "Misión Nevado" - homenagem ao cachorro que, segundo historiadores, foi o mascote de Simón Bolívar.

REAÇÃO NEGATIVA
A criação da nova pasta governamental foi recebida com sarcasmo e indignação nas ruas do país, de acordo com as agências internacionais. "Só espero que um dia Maduro lance o vice-ministério da Cerveja para que eu e todos os bêbados fiquemos felizes", afirmou Víctor Rey, um vendedor ambulante de bananas.
Pelo Twitter, o ex-diplomata e apresentador, Leopoldo Castillo, chamou a medida de "vergonha internacional". "... a suprema felicidade do povo... Pena que com este homem não haja limites", escreveu.
Opositores de Maduro acusam o governo de gastar milhões de dólares com medidas contra a pobreza que não geram soluções ao longo prazo. Para a Mesa da Unidade Democrática (MUD), as "missiones" são uma forma do governo manter seus adeptos sem, de fato, oferecer soluções sólidas contra a pobreza. /AP
Fonte: Estadão

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Homem pede 'asilo climático' na Nova Zelândia

Um morador das ilhas do Pacífico está tentando pedir asilo na Nova Zelândia, sob a justificativa de que as mudanças climáticas estão ameaçando seu país.
Ioane Teitiota disse ao Supremo Tribunal neozelandês que partes de sua terra natal, Kiribati, já estão submersas por causa do aumento do nível do mar.
Ele apelou à decisão do departamento de imigração do país, que recusou seu pedido de asilo.
"Não há futuro para nós quando voltarmos para Kiribati", disse Teitiota no tribunal.
Ele afirmou que sua família, incluindo seus três filhos nascidos na Nova Zelândia, seria prejudicada se for forçada a voltar ao país.
A maior parte dos arquipélagos que compõem Kiribati são terras baixas e estão em perigo por causa do nível do mar.

'Perseguição passiva'
Teitiota vive na Nova Zelândia desde 2007, mas seu visto de trabalho expirou recentemente.
Seu advogado disse que ele está sendo "perseguido passivamente pelas circunstâncias em que está vivendo, as quais o governo de Kiribati não tem capacidade de melhorar".
O departamento de imigração da Nova Zelândia rejeitou o pedido de asilo de Teitiota no início do ano, alegando que ele não sofreria perseguições ou ameaças a sua vida se retornasse a Kiribati.
"A triste realidade é que a população de Kiribati em geral enfrenta a degradação ambiental causada tanto por desastres naturais em andamento quanto pelos inesperados", disse o Tirbunal de Imigração e Proteção da Nova Zelândia em junho.
No entanto, o órgão disse que o governo de Kiribati tem projetos para lidar com os riscos criados pela mudança climática.
No ano passado, o governo do Kiribati aprovou um plano para comprar terras do arquipélago vizinho de Fiji, caso o aumento do nível das águas forçasse seus cidadãos ao deslocamento.
A decisão do Supremo Tribunal de Auckland a respeito do caso de Teitiota deve ser divulgada nas próximas semanas.

Fonte: UOL

sexta-feira, 11 de outubro de 2013