quarta-feira, 26 de novembro de 2014

6 costumes brasileiros no trabalho que estrangeiros não entendem

Empresas estrangeiras estão cada vez mais comuns no Brasil, assim como as companhias nacionais que já têm como objetivo atingir um mercado internacional e, consequentemente, mais amplo. Tais modificações têm suscitado um maior grau de convivência entre os brasileiros e os estrangeiros, seja quando os gringos chegam ao nosso país ou quando nós é que vamos trabalhar nas terras deles.
A interculturalidade está presente, fazendo com que eles tenham que aprender um pouco mais sobre os nossos hábitos e vice-versa. Para termos noção, o número de carteiras de trabalho que foram emitidas para estrangeiros cresceu 50% entre os anos de 2012 e 2013 (dados do G1) – um aumento maciço. Vendo esses dados, é fácil perceber que conviver com os estrangeiros no ambiente de trabalho está se transformando em algo comum nos grandes polos do país.
O conflito cultural é algo comum quando as pessoas de uma mesma empresa possuem costumes completamente diferentes. Mesmo que os estereótipos dos brasileiros no exterior não valham para todos nós (nem todos gostamos de comer feijão com arroz, de sambar ou de jogar futebol), existem aspectos culturais que estão gravados em praticamente todos os brasileiros. Veja abaixo algumas dessas atitudes listadas com base nas experiências de três especialistas no assunto:
1 – Enrolar na hora de falar
Um dos principais empecilhos que muitos brasileiros enfrentam ao conversar profissionalmente com estrangeiros é o modo de falar – e isso não tem nada a ver com o idioma em si. De acordo com a consultora Jussara Nunes, os brasileiros explicam muitas coisas antes de chegar ao ponto central de um diálogo – em outras palavras, enrolam.
Segundo ela, os anglo-saxões em gerais não têm muitos floreios no momento de dizer algo, indo direto ao ponto para depois conversar melhor (algo que algumas pessoas podem achar um tanto ríspido). Apesar de ser um detalhe, quando as situações se repetem sequencialmente, algum dos dois tem grandes chances de se irritar com o outro.
2 – Dizer "sim" quando você quer dizer "talvez"
De acordo com os especialistas, os brasileiros não querem magoar os outros ou aparentarem rudes, sempre falando de modo devagar ou sem ser 100% franco. Muito estrangeiros não são assim, sem medo nenhum de dizer "não" quando necessário. O nosso "sim" às vezes quer dizer "talvez", ao passo que o "talvez" pode também ser um "não" – os gringos são mais literais. Diante desse tipo de comportamento, os estrangeiros podem se sentir confusos e frustrados por não conseguirem interpretar esses comportamentos com exatidão – se é que há alguma. 
3 – Brasileiros querem ter amigos no trabalho e não colegas
Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

Segundo pesquisas da EY, o colega de trabalho perfeito para um brasileiro que vive no exterior é alguém inspirador, motivador, amigável e sociável – muito mais do que um simples colega, ele é um amigo. De acordo com Jussara Nunes, o brasileiro tende a focar nos relacionamentos de trabalho, sendo que primeiro ele deve confiar e se dar bem com as pessoas para depois realizar as tarefas e gerar bons resultados.
Aqui no Brasil, é comum as pessoas perguntarem no trabalho sobre assuntos pessoais, mostrarem fotos para os colegas de familiares e filhos, além dos típicos contatos físicos (beijos e abraços que não são comuns em vários países). No exterior, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, é mais comum o seguinte lema: "estamos aqui para fazer negócios e não amigos".
4 – Negócios imediatos
Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

De acordo com Fabiana Gabrieli, da HSM Educação, os brasileiros têm visões de negócios focadas no curto prazo, querem fechar contratos logo e fazem movimentos rápidos. Contudo, em outras culturas, isso não ocorre desse modo. No estilo oriental, por exemplo, as pessoas não fazem negócios com quem não conhecem. Só que por outro lado, nós sabemos que é preciso improvisar no mercado brasileiro – os empresários daqui frequentemente possuem um plano B ou C para as situações mais adversas.
5 – Exceções para quase tudo
Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

Aqui no Brasil nós temos exceções para tudo, sejam situações que não precisam ser seguidas à risca ou normas que não são tão rígidas. Vendo por esse lado, nós podemos ser caracterizados como indisciplinados, querendo dar um "jeitinho" em situações que não podem ser contornadas. As exceções praticamente não existem no mercado internacional, sendo que nós precisamos seguir o manual deles e sem querer utilizar nenhum atalho – ou sairemos bem feios na foto.  
6 – Pontualidade pra quê?
Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

Infelizmente, no geral os brasileiros não são pontuais. Reuniões começam depois do horário marcado, podem demorar mais do que o previsto ou ainda serem remarcadas na última hora. Os atrasos são parte da rotina de muitas empresas do Brasil. Em alguns casos, isso é considerado flexibilidade, porém no geral nos atrasamos mesmo e ponto.
Em determinados países, se atrasar é praticamente um insulto. Isso sem levar em consideração quando equipes de várias nações trabalham juntas e você, o brasileiro, está de algum modo atrasado – seja no horário ou no prazo daquele relatório. Isso pode ser realmente danoso para carreira de qualquer um e é algo que deve ser adaptado assim que você convive com outras culturas.
Fonte: Exame

Em busca de apoio para seus estudos, no Brasil ou no exterior?

Estão abertas as pré-inscrições para o Programa de Bolsas 2015 da Fundação Estudar! Interessados em fazer parte dessa comunidade de talentos já podem realizar as primeiras etapas online

Há mais de 20 anos, a Fundação Estudar seleciona os jovens mais brilhantes do Brasil e oferece a eles uma bolsa de estudos por mérito para cursarem o ensino superior nas melhores escolas do Brasil e do mundo.
Se você é brasileiro, tem entre 16 e 34 anos, apresenta excelência acadêmica, se identifica com os valores da organização e quer deixar um legado para o país, não deixe de fazer sua pré-inscrição para o Programa de Bolsas 2015!
Para receber o apoio da Fundação Estudar é preciso estar matriculado ou em processo de aceitação em curso de graduação no Brasil ou no exterior, intercâmbio acadêmico no exterior durante a graduação e duplo-diploma no exterior durante a graduação, além de mestrado, doutorado e pós-doutorado no exterior.
Não há restrições quanto ao sonho de carreira dos jovens, de universidades públicas e privadas, que podem ter interesse em atuar no meio empresarial, empreendedor, social/ambiental, público ou acadêmico/científico.
As próximas etapas do processo seletivo estarão disponíveis a partir do primeiro semestre de 2015.
Benefícios do programa O Programa de Bolsas é o carro chefe da Fundação Estudar e a principal porta de entrada para nossa rede de líderes transformadores. Além da bolsa de estudo, os selecionados recebem o convite para fazer parte da Comunidade Estudar – que reúne pessoas que sonham grande, querem transformar o país e deixar um legado para futuras gerações.
Dentro da comunidade, os jovens são conectados a grandes líderes que servirão de exemplo para inspirá-los a fazer sempre mais e melhor. A Estudar acompanha sua trajetória acadêmica e profissional por meio de programas de desenvolvimento, instigando-o a trilhar o seu caminho rumo à educação de excelência e às melhores oportunidades de trabalho.
Primeiras etapas da seleção Para registrar seu interesse em participar do processo seletivo para o Programa de Bolsas 2015, é necessário preencher seus dados básicos e realizar alguns testes de autoconhecimento. O objetivo desses testes é ajudar o jovem a se conhecer melhor, não só para se preparar para as próximas etapas do processo seletivo, mas também para tomar decisões mais assertivas em sua carreira.
É de grande importância que você responda da forma mais sincera possível, mostrando realmente quem você é, e não como gostaria de ser ou como outras pessoas gostariam que você fosse. Não existe resposta certa ou errada, perfil bom ou ruim. E os resultados não terão nenhuma influência na seleção em si. Após realizar os testes, você poderá ter acesso aos resultados acessando seu Painel Pessoal.
A partir deste ano, os processos seletivos da Fundação Estudar estão unificados aqui no Na Prática. Assim, caso você volte a participar de outras seleções da organização, seus resultados já estarão gravados, e não será necessário refazer os testes ou outras etapas comuns aos novos processos.

Fonte: Na Prática

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O princípio da insignificância nos EUA, a Suprema Corte americana e uma lição para o STF

Começaram no dia 05 de novembro deste ano de 2014, na Suprema Corte dos EUA, as sustentações orais do caso de um pescador que jogou no mar três peixes com menos de 20 polegadas (pouco mais de 50 centímetros), cuja pesca é proibida, para se livrar das provas, depois que o tamanho dos peixes fora medido por um agente federal que abordou seu barco. Alguns ministros da corte ironizaram os procuradores do Departamento de Justiça por enquadrar o pescador em uma lei federal que poderia lhe render até 20 anos de prisão, por um crime tão insignificante.
O Departamento de Justiça processou o pescador John Yates, que era o capitão de barco, com base na Lei Sarbanes-Oxley, de 2002. Essa lei tipificou como crime “destruir, alterar ou esconder qualquer registro, documento ou objeto tangível, com o intento de obstruir a investigação de qualquer matéria dentro da jurisdição federal”. A lei foi criada pelo Congresso Nacional nos rastros do escândalo da empresa de energia Enron. Funcionários da empresa de auditoria Arthur Andersen foram processados criminalmente por destruir documentos que poderiam complicar a Enron na Justiça.
A Defensor Público John Badalamenti, que representa Yates, alega que a lei não cobre nada mais que a destruição de provas relacionados a crimes financeiros. E que o Departamento de Justiça está “esticando demais” a lei.
Para o Departamento de Justiça, isso não é novidade. Por mais de uma década, os Procuradores Federais vêm usando essa lei para processar acusados de todos os tipos de crime: de terrorismo a violação da segurança ambiental. Os procuradores alegam que é preciso tomar o sentido pleno do texto da lei. Assim, eles dizem que um “objeto tangível” pode ser “um corpo, mancha de sangue, arma, droga, dinheiro e automóvel” — e, agora, até mesmo três peixes pequenos, de acordo a National Public Radio (NPR), a NBC News e o Washington Times.
A pergunta perante os Ministros da Suprema Corte é: “O descarte dos três peixes pequenos no mar pode ser enquadrado na Lei Sarbanes-Oxley de 2002, que proíbe a destruição de qualquer registro, documento ou objeto tangível?"Em primeiro grau, Yates foi condenado e sentenciado a 30 dias de prisão. Um tribunal de recursos manteve a condenação e o caso chegou à Suprema Corte, que aceitou julgá-lo provavelmente para discutir — em termos americanos — o princípio da insignificância.
O presidente da Corte, Ministro John Roberts, perguntou ao Procurador Roman Martinez se ele teria coragem de parar alguém na rua e perguntar se um peixe é um “objeto tangível” ou um “documento de registro”, para efeito da Lei Sarbanes-Oxley. Enquanto Martinez buscava uma resposta, o Ministro Antonin Scalia interveio, para dizer que ele não obteria uma resposta educada, informou a revista Forbes. “Que tipo de Procurador insensato processa um pescador por jogar três peixes pequenos fora do barco?”, Scalia perguntou. Quando o Procurador respondeu que a política do Departamento de Justiça é processar pessoas por crimes sérios, ele retrucou: “Nesse caso, temos de nos preocupar mais com nossas leis”. A Ministra Elena Kagan acrescentou: “Isso faz parecer que o Congresso quis estabelecer penas rígidas para qualquer pequena infração”.
John Yates pescava em “águas federais” no Golfo do México, quando o agente John Jones, que fiscaliza a pesca e a vida selvagem na Flórida, abordou seu barco. Yates havia pescado 72 badejos, três dos quais foram medidos por Jones. Como esses peixes não atingiam a medida mínima, ele ordenou a Jones que o seguisse até o porto, onde os peixes seriam apreendidos e ele seria multado — um caso semelhante a uma multa de trânsito. Em rota para o porto, Yates mandou outro pescador jogar os três peixes no mar. Quando, no porto, o agente recontou os peixes e só encontrou 69, ele percebeu a falta dos três peixes medidos. Interrogou o outro pescador e obteve a confissão de que os havia jogado no mar. Três anos depois, Yates estava em casa, quando chegaram os policiais em diversas viaturas, com coletes à prova de balas, fortemente armados, o algemaram e o colocaram em um camburão, para levá-lo para a cadeia. Depois dessa cena — e dos 30 dias na prisão —, Yates não conseguiu mais emprego, porque nenhuma empresa de pesca quer contratar alguém “com problemas com os agentes federais”. Fonte: (João Ozorio de Melo é correspondente da revista Consultor Jurídico nos Estados Unidos - Revista Consultor Jurídico, 6 de novembro de 2014, 10h58). Grifamos.

ONU abre 10 vagas para brasileiros

A seleção de vagas a seguir são oportunidades para os brasileiros que sempre sonharam em trabalhar para uma boa causa. Algumas delas são para exercer a profissão no Brasil e outras são para brasileiros dispostos a levar suas capacidades para outras partes do mundo. 
Programa de Voluntários da ONU seleciona profissionais de saúde para a Libéria, Serra Leoa e Guiné
Na busca do combate ao ebola, o Programa de Voluntários da ONU está enviando profissionais de saúde para a Libéria, Serra Leoa e Guiné. Os candidatos devem ter pelo menos dois anos de experiência prática e pelo menos 25 anos de idade. Todos os detalhes e requisitos estão aqui.
Programa de Voluntários da ONU seleciona profissionais de saúde para a Libéria, Serra Leoa e Guiné
Na busca do combate ao ebola, o Programa de Voluntários da ONU está enviando profissionais de saúde para a Libéria, Serra Leoa e Guiné. Os candidatos devem ter pelo menos dois anos de experiência prática e pelo menos 25 anos de idade. Todos os detalhes e requisitos estão aqui.
ONU Mulheres seleciona duas posições para analista de programa (30/11)
Está aberto o processo seletivo para duas vagas de Analista de Programa na ONU Mulheres Brasil. As e/ou os profissionais estarão encarregados de realizar o desenvolvimento e o gerenciamento de programas, apoiar a coordenação de ações interagenciais, apoiar a constituição de parcerias estratégicas e a mobilização de recursos e apoiar a facilitação de advocacy e construção de conhecimento e gerenciamento.
Qualificações exigidas – Educação: Mestrado ou formação em Ciências Políticas ou Sociais ou áreas afins; Idiomas: Fluência em Português, Espanhol e Inglês; Experiência: Mínimo de 1 a 2 anos em experiência relevante na elaboração, monitoramento ou avaliação de projetos de desenvolvimento em âmbito nacional ou internacional. Experiência no trabalho com igualdade de gênero, direitos das mulheres e enfrentamento à violência contra as mulheres. O prazo é dia 30 de novembro. Mais detalhes aqui.
IPC-IG seleciona oficial de comunicação em Brasília (30/11)
O Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG) está com uma vaga aberta, em Brasília, para Oficial de Comunicação. O prazo é dia 30 de novembro e o edital está aqui.
UNICEF seleciona consultoria para Plataforma dos Centros Urbanos em Manaus (30/11)
O UNICEF abriu Edital de Seleção de Consultoria – RH/2014/026 para apoiar a implementação do segundo ciclo da Plataforma dos Centros Urbanos do UNICEF em Manaus nas tarefas e ações de planejamento/concepção, implementação e monitoramento da iniciativa; prover suporte nas ações de articulação política, pesquisa e comunicação na cidade de Manaus no mandato de UNICEF; prover informação e atualização sobre o andamento da iniciativa para a coordenação nacional da Plataforma dos Centros Urbanos; relacionar-se com os parceiros técnicos da iniciativa, quando necessário. Duração do contrato: 11 meses. Prazo para envio da candidatura: 30 de novembro de 2014. Todos os detalhes aqui.
OPAS seleciona Consultor(a) Nacional Saúde da Mulher (02/12)
Duração do contrato: Até 31 de dezembro de 2015, passível de renovação. Remuneração: R$ 13.782,00 (mensal). Local: Brasília. Inscrições até 2 de dezembro de 2014, confira aqui.
Escritório do OMPI no Rio de Janeiro contrata National Program Officer (02/12)
A Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) convoca candidatos, diplomados em relações internacionais, administração, direito ou economia para participar do seu processo de seleção para oficial de programa nacional. O posto é no Rio de Janeiro. Data limite para inscrição: 02 de dezembro. Saiba mais aqui.
UNAIDS seleciona motorista em Brasília (10/12)
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) está com processo seletivo aberto para contratação de motorista. O prazo é dia 10 de dezembro. Veja detalhes aqui.
Escritório regional de direitos humanos seleciona para estágio não remunerado em Santiago, Chile
O Escritório Regional para a América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), com sede em Santiago do Chile, está buscando estudantes ou profissionais que procuram um trabalho prático/não remunerado. São três as áreas: direito internacional/direitos humanos; informação pública; e administração e finanças. Pede-se fluência em espanhol, sendo que conhecimento de trabalho do inglês e português é considerado uma vantagem. Todos os detalhes aqui.
Para obter otras informações sobre como trabalhar na ONU, clique aqui.
Fonte: Via Ciclovivo

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Coreia do Norte faz ameaças nucleares após votação na ONU

Resolução da ONU constitui primeiro passo para levar o regime comunista ante a justiça internacional por crimes contra a Humanidade

A Coreia do Norte ameaçou realizar novos 
testes  nucleares após a resolução da ONU
Foto: KCNA / Reuters
A Coreia do Norte ameaçou nesta quinta-feira (20/11/2014) realizar um novo teste nuclear em resposta a uma resolução da ONU que constitui um primeiro passo para levar o regime comunista ante a justiça internacional por crimes contra a Humanidade.
Ao mesmo tempo, imagens feitas por satélites mostram que a Coreia do Norte poderia estar colocando em funcionamento uma fábrica de reprocessamento destinada à extração de plutônio de qualidade militar em seu complexo nuclear de Yongbyon.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Geral da ONU votou na terça-feira uma resolução na qual solicita ao Conselho de Segurança que recorra ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para denunciar crimes imputados ao regime norte-coreano.
Esta resolução é uma das tentativas de chamar a atenção de Pyongyang perante a comunidade internacional. "Esta agressão pelos Estados Unidos não permitirá uma abstenção por muito mais tempo de um novo teste nuclear. Nossa capacidade de dissuasão militar será reforçada para nos proteger contra qualquer intervenção militar dos Estados Unidos e qualquer tentativa de invasão armada", ressaltou em um comunicado.
A Coreia do Norte realizou três testes nucleares, o último em fevereiro de 2013.
Moscou considerou, por sua vez, que a resolução da ONU é contra-producente. "A nosso ver, é contra-producente tentar fazer declarações ruidosas através de resoluções conflituosas na Assembleia Geral da ONU e no Conselho de Direitos Humanos", declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Sergeui Lavrov, após um encontro em Moscou com o emissário especial do líder norte-coreano Kim Jong-Un.
O governo sul-coreano, através de um comunicado do ministério da Defesa, informou que suas Forças Armadas estão alertas e não "tolerarão qualquer provocação".
O texto da ONU, não vinculativo, é baseado em um relatório de 400 páginas, concluído após uma longa investigação sobre as violações dos direitos Humanos na Coreia do Norte, "inigualável no mundo contemporâneo."
Durante um ano, os investigadores coletaram os testemunhos de exilados norte-coreanos e documentaram uma rede de campos de prisioneiros, onde ocorrem torturas, execuções extrajudiciais e estupros.
O relatório estima que a responsabilidade por essas violações, que constituem crimes contra a Humanidade, é das mais altas autoridades do Estado.
As autoridades norte-coreanas temem que Kim Jong-Un seja acusado perante o TPI, mesmo que o líder se recuse a comparecer voluntariamente.
A resolução deve ser estudada em dezembro por toda a Assembleia Geral da ONU.
Mas a chave do processo está nas mãos do Conselho de Segurança da ONU, onde é provável que a China, principal aliado da Coreia do Norte, e Rússia exerçam seu direito a veto.
Neste contexto, imagens captadas recentemente por satélites mostram nuvens de vapor sobre uma usina de reprocessamento de combustível em Yongbyon, segundo os pesquisadores do Instituto EUA-Coreia da Universidade Johns Hopkins de Washington.
Isso poderia indicar que os norte-coreanos estão preparando a reativação da fábrica de reprocessamento de combustível do reator que produz plutônio que pode entrar na composição de uma bomba atômica.
Fechada em 2007 sob um acordo de "apoio ao desarmamento", o reator pode produzir, em princípio, seis quilos de plutônio por ano, o suficiente para fazer uma bomba nuclear, de acordo com especialistas estrangeiros.
A Coreia do Norte usou uma parte de seu estoque de plutônio para dois de seus três testes nucleares e ainda tem reservas suficientes para produzir seis bombas nucleares, de acordo com especialistas estrangeiros.


Fonte: Terra

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Economistas fazem manifesto por desenvolvimento com inclusão social

Apesar da pressão do mercado financeiro, especialistas rejeitam política de austeridade fiscal e juros altos no Brasil
A postura do mercado financeiro, que reage negativamente a cada decisão da presidenta Dilma Rousseff, e a opinião de economistas ouvidos pela imprensa tradicional passam a impressão que o setor e todos os especialistas estão contra a política econômica do governo federal. Foi isso que levou um grupo de economistas brasileiros, que representam diferentes universidades do País, a elaborar um manifesto de apoio ao desenvolvimento econômico atrelado à inclusão social e não à austeridade.
Assinado por nomes como Luiz Gonzaga Belluzzo (Unicamp e Facamp), Marcio Pochmann (Unicamp) e João Sicsú (UFRJ), o texto diz que a maioria da população brasileira rejeitou “o retrocesso às políticas que afetam negativamente a vida dos trabalhadores e seus direitos sociais.”.
“Desde 26 de outubro, contudo, a difusão de ideias deu a impressão de que existe um pensamento único no diagnóstico e nas propostas para os graves problemas da sociedade e da economia brasileira. Sem o contraponto propiciado pela campanha e pelo horário eleitoral gratuito, os meios de comunicação propagaram quase exclusivamente a opinião que a austeridade fiscal e monetária é a única via para resolver nossos problemas”.
No manifesto, o grupo recusa a política de juros mais altos, com maior destinação de impostos para o pagamento da dívida pública, ao invés de devolvê-los na forma de transferências sociais, serviços e investimentos públicos. “O reforço da austeridade fiscal e monetária deprimiria o consumo das famílias e os investimentos privados, levando a um círculo vicioso de desaceleração ou mesmo queda na arrecadação tributária, menor crescimento econômico e maior carga da dívida pública líquida na renda nacional.
Os economistas rebatem ainda às críticas feitas pelo elevador valor da dívida pública brasileira, que, segundo os responsáveis, não é preocupante em qualquer comparação internacional. “Esperamos contribuir para que os meios de comunicação não sejam o veículo da campanha pela austeridade sob coação e estejam, ao contrário, abertos para o pluralismo do debate econômico em nossa democracia.”
Leia o manifesto na íntegra e confira quem foram os economistas que assinaram o documento:
"Economistas pelo desenvolvimento e pela inclusão social
A campanha eleitoral robusteceu a democracia brasileira através do debate franco sobre os rumos da Nação. Dois projetos disputaram o segundo turno da eleição presidencial. Venceu a proposta que uniu partidos e movimentos sociais favoráveis ao desenvolvimento econômico com redistribuição de renda e inclusão social. A maioria da população brasileira rejeitou o retrocesso às políticas que afetam negativamente a vida dos trabalhadores e seus direitos sociais.
É de se esperar que o pluralismo de opiniões fortaleça nossa democracia depois da pugna eleitoral. Desde 26 de outubro, contudo, a difusão de ideias deu a impressão de que existe um pensamento único no diagnóstico e nas propostas para os graves problemas da sociedade e da economia brasileira.
Sem o contraponto propiciado pela campanha e pelo horário eleitoral gratuito, os meios de comunicação propagaram quase exclusivamente a opinião que a austeridade fiscal e monetária é a única via para resolver nossos problemas.Isto vai na contramão da opinião de economistas de diferentes matizes no Brasil, mas reverbera o jogral dos porta-vozes do mercado financeiro. Estes defendem solucionar a desaceleração com a “credibilidade” da adesão do governo à austeridade fiscal e monetária, exigindo juros mais altos e maior destinação de impostos para o pagamento da dívida pública, ao invés de devolvê-los na forma de transferências sociais, serviços e investimentos públicos.
Subscrevemos que este tipo de austeridade é inócuo para retomar o crescimento e para combater a inflação em uma economia que sofre a ameaça de recessão prolongada e não a expectativa de sobreaquecimento.
O reforço da austeridade fiscal e monetária deprimiria o consumo das famílias e os investimentos privados, levando a um círculo vicioso de desaceleração ou mesmo queda na arrecadação tributária, menor crescimento econômico e maior carga da dívida pública líquida na renda nacional.
Entendemos que é fundamental preservar a estabilidade da moeda. Também somos favoráveis à máxima eficiência e ao mínimo desperdício no trato de recursos tributários: este tipo de austeridade, sim, denota espírito público e será sempre desejável. Rejeitamos, porém, o discurso dos porta-vozes do mercado financeiro que chama de “inflacionário” o gasto social e o investimento público em qualquer fase do ciclo econômico.
Tampouco compreendemos o argumento que associa a inflação ao gasto público representado por desonerações que reduzem custos tributários e subsídios creditícios que reduzem custos financeiros. A inflação, aliás, manteve-se dentro da meta no governo Dilma Rousseff a despeito de notáveis choques de custos como a correção cambial, o encarecimento da energia elétrica e a inflação de commoditiesno mercado internacional.
A austeridade agravou a recessão, o desemprego, a desigualdade e o problema fiscal nos países desenvolvidos mesmo tendo sido acompanhada por juros reais baixíssimos e desvalorização cambial. No Brasil, a apreciação cambial estimulada por juros reais altos aumenta o risco de recessão, ao acentuar a avalanche de importações que contribui para nosso baixo crescimento.
É essencial manter taxas de juros reais em níveis baixos e anunciar publicamente um regime fiscal comprometido com a retomada do crescimento, adiando iniciativas contracionistas, se necessárias, para quando a economia voltar a crescer. A atual proporção da dívida pública líquida na renda nacional não é preocupante em qualquer comparação internacional.
O que nos preocupa é a possibilidade de recessão e a carência de bens públicos e infraestrutura social reclamada pela população brasileira. Atendê-la não é apenas um compromisso político em nome da inclusão social, é também uma fronteira de desenvolvimento, estímulo ao crescimento da economia e em seguida da própria arrecadação tributária.
Esta opinião divergente expressa por parte importante dos economistas brasileiros não pode ser silenciada pela defesa acrítica da austeridade, como se o mantra que a louva representasse um pensamento único, técnico, neutro e competente.
Um dos vocalizadores desse mantra chegou a afirmar que um segundo governo Dilma Rousseff só seria levado a caminhar em direção à austeridade sob pressão substancial do mercado, o que chamou de "pragmatismo sob coação".
Esperamos contribuir para que os meios de comunicação não sejam o veículo da campanha pela austeridade sob coação e estejam, ao contrário, abertos para o pluralismo do debate econômico em nossa democracia.
Maria da Conceição Tavares (UFRJ)
Luiz Gonzaga Belluzzo (UNICAMP e FACAMP)
Ricardo Bielschowsky (UFRJ)
Marcio Pochmann (UNICAMP)
Pedro Paulo Zahluth Bastos (UNICAMP)
Rosa Maria Marques (PUC-SP)
Alfredo Saad-Filho (SOAS - Universidade de Londres)
João Sicsú (UFRJ)Maria de Lourdes Mollo (UNB)
Vanessa Petrelli Corrêa (UFU)
Carlos Pinkusfeld Bastos (UFRJ)
Alexandre de Freitas Barbosa (USP)
Lena Lavinas (UFRJ)
Luiz Fernando de Paula (UERJ)
Hildete Pereira Melo (UFF)
Niemeyer Almeida Filho (UFU)
Frederico Gonzaga Jayme Jr. (UFMG)
Jorge Mattoso (UNICAMP)
Carlos Frederico Leão Rocha (UFRJ)
Rubens Sawaya (PUC-SP)
Fernando Mattos (UFF)
Pedro Rossi (UNICAMP)
Jennifer Hermann (UFRJ)
André Biancarelli (UNICAMP)
Bruno De Conti (UNICAMP)
Julia Braga (UFF)
Ricardo Summa (UFRJ)
William Nozaki (FESP)

Você sabe o que é o bolivarianismo?

Após ser apropriado pelo ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, o termo originado do sobrenome do libertador Simón Bolívar aterrissou no debate político brasileiro. São frequentes as acusações de políticos de oposição e da mídia contra o governo federal petista. Lula e Dilma estariam "transformando o Brasil em uma Venezuela". Mas o que é o tal bolivarianismo de que tanto falam? É um palavrão? O Brasil é uma Venezuela? Bolivarismo é sinônimo de ditadura comunista? Antes de sair por aí repetindo definições equivocadas, leia as respostas abaixo: 
O que é bolivarianismo?
O termo provém do nome do general venezuelano do século 19 Simón Bolívar, que liderou os movimentos de independência da Venezuela, da Colômbia, do Equador, do Peru e da Bolívia. Convencionou-se, no entanto, chamar de bolivarianos os governos de esquerda na América Latina que questionam o neoliberalismo e o Consenso de Washington (doutrina macroeconômica ditada por economistas do FMI e do Banco Mundial).
dilma maduro
Em encontro de maio de 2013, Dilma recebe quadro do ex-presidente
Hugo Chávez do atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro
Bolivarianismo e ditadura comunista são a mesma coisa?
Não. Mesmo considerando a interpretação que Chávez deu ao termo, o que convencionou-se chamar bolivarianismo está muito longe de ser uma ditadura comunista. As realidades de países que se dizem bolivarianos, como Venezuela, Bolívia e Equador, são bem diferentes da Rússia sob o comando de Stalin ou mesmo da Romênia sob o regime de Nicolau Ceausescu. Neles, os meios de produção estavam nas mãos do Estado, não havia liberdade política ou pluralidade partidária e era inaceitável pensar diferentemente da ideologia dominante do governo. Aqueles que o faziam eram punidos ou exilados, como os que eram enviados para o gulag soviético, campo de trabalho forçado símbolo da repressão ditatorial da Rússia. Na Venezuela, por exemplo, nada disso acontece. A oposição tem figuras conhecidas como Henrique Capriles, Leopoldo López e Maria Corina Machado. Cenário semelhante ocorre na Bolívia, no Equador e também no Brasil, onde há total liberdade de expressão, de imprensa e de oposição ao governo.
Foi Chávez quem inventou o bolivarianismo?
Não. O que o então presidente venezuelano Hugo Chávez fez foi declarar seu país uma "república bolivariana". A mesma retórica foi utilizada pelos presidentes Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia). A associação entre bolivarianismo e socialismo, no entanto, é questionável segundo a própria biógrafa de Bolívar, a jornalista peruana Marie Arana, editora literária do jornal americano The Washington Post. De acordo com ela, esse “bolivarianismo” instituído por Chávez na Venezuela foi inspirado nos ideais de Bolívar, tais como o combate a injustiças e a defesa do esclarecimento popular e da liberdade. Mas, segundo a biógrafa, a apropriação de seu nome por Chávez e outros mandatários latinos é inapropriada e errada historicamente: “Ele não era socialista de forma alguma. Em certos momentos, foi um ditador de direita”.
O que se tornou o bolivarianismo na Venezuela?
Quando assumiu a Presidência da República em 1999, Chávez declarou-se seguidor das ideias de Bolívar. Em seu governo uma assembleia alterou a Constituição da Venezuela de 1961 para a chamada Constituição Bolivariana de 1999. O nome do país também mudou: era Estado Venezuelano e tornou-se República Bolivariana da Venezuela. Foram criadas ainda instituições de ensino com o adjetivo, como as escolas bolivarianas e a Universidade Bolivariana da Venezuela.
Mas esse regime que Chávez chamava de bolivarianismo era comunista?
Não, apesar de o ex-presidente venezuelano ter usado o termo "Revolução Bolivariana" para referir-se ao seu governo. A ideia era promover mudanças políticas, econômicas e sociais como a universalização à educação e à saúde, além de medidas de caráter econômico, como a nacionalização de indústrias ou serviços. Chávez falava em "socialismo do século XXI", mas o governo venezuelano continua permitindo a entrada de capital estrangeiro no País, assim como a parceria com empresas privadas nacionais e estrangeiras. Empreiteiras brasileiras, chinesas e bielo-russas, por exemplo, constroem moradias para o maior programa habitacional do país, o Gran Misión Vivienda Venezuela, inspirado no brasileiro Minha Casa Minha Vida.
O Brasil "virou uma Venezuela"?
Esta afirmação não faz sentido. O Brasil é parceiro econômico e estratégico da Venezuela, mas as diretrizes do governo Dilma e do governo de Nicolás Maduro são bastante distintas, tanto na retórica quanto na prática.
Os conselhos populares são bolivarianos?
Não, e aqui o engano vai além do uso equivocado do adjetivo. Parte da Política Nacional de Participação Social, os conselhos populares seriam a base de um complexo sistema de participação social, com a finalidade de aprofundar o debate sobre políticas públicas com representantes da sociedade civil. Ao contrário do alegado por opositores, os conselhos de participação popular não são uma afronta à democracia representativa. Conforme observou o ex-ministro e fundador do PSDB Luiz Carlos Bresser-Pereira, os conselhos estabeleceriam “um mecanismo mais formal por meio do qual o governo poderá ouvir melhor as demandas e propostas [da população]”.

10 COISAS QUE VOCÊ PRECISA FAZER DURANTE O CURSO DE RI

1. O tempo é curto para aprimorar a língua estrangeira
Quanto mais línguas você souber, melhor. Invista o seu tempo no aprendizado de novas línguas estrangeiras. Inglês e espanhol são fundamentais para qualquer internacionalista. Para seu currículo se tornar competitivo, é necessário que você já saia da graduação falando elas fluentemente. As línguas estrangeiras adicionais devem ser estudadas de acordo com o seu objetivo profissional, seja, por exemplo, o francês (pela diplomacia) ou chinês (para o comércio exterior e internacional).
2. Experiência internacional é importante (mas não essencial) para o desenvolvimento do currículo
Ter experiência de vida fora do país é importante para o desenvolvimento de habilidades pessoais e profissionais que são necessárias para a sua carreira. Visão de mundo, resolução de problemas, flexibilidade cultural e atuação sob pressão são algumas das características comportamentais que se aprimoram com o intercâmbio. Contudo, aproveite sua viagem para ampliar seu currículo, ao participar de eventos internacionais, missões acadêmicas e, quem sabe, conseguir um estágio em um organismo internacional, think tank ou se voluntariar em algum país africano ou asiático (via ONU, AIESEC, dentre outras).
3. A sala de aula é importante, mas não se pode focar exclusivamente na aula (extracurricularidade)
Você acha que ser o melhor da turma vai te destacar no mercado de trabalho? Se você pretende ser professor ou acadêmico em Relações Internacionais a resposta é sim, mas não suficiente. Mesmo que você pretenda seguir a carreira acadêmica, é hora de investir em apresentar trabalhos em congressos, fazer iniciação científica e escrever artigos para revistas. Se o seu negócio é o mercado privado ou mesmo o terceiro setor, é hora de começar a se mexer e correr atrás de estágios, cursos de aprimoramento, participar de eventos e se voluntariar. Ser um bom aluno em sala de aula é importante (e lembre-se que os professores também indicam alunos), mas não suficiente.
 4. A pressão dos seus pais por um emprego não podem te atrapalhar no teu desenvolvimento acadêmico e descoberta profissional
Sem dúvidas você sofre aquela pressãozinha que já é maior de idade e ainda está participando da População Economicamente Ativa (PEA). Explique pros seus pais que se eles querem que você tenha sucesso no mercado de trabalho, seu currículo precisa ser altamente competitivo, o que demandará muito esforço seu (tempo e dedicação) e muito investimento deles (mãe e “paitrocínio”). Convença-os que devem investir em você, mas, também, faça por merecer!
 5. A atividade voluntária é importante para seu CV mas também pro desenvolvimento humano
Dedicar-se ao outro é um grande exercício de humanidade. Quer mudar o mundo? Comece ajudando quem está do seu lado e precisa de ajuda, seja assistencialista, fraterna ou educacional. Use seus conhecimentos (em línguas, em cidadania, em práticas jurídicas e comerciais) para beneficiar os que mais precisam. Afinal de contas, de acordo com Joseph Joubert, “ensinar é aprender duas vezes”. Vale ressaltar que o voluntariado é a melhor maneira de se familiarizar com o ambiente de terceiro setor e o primeiro passo para uma futura contratação. Para quem quer o mercado privado, trabalhos voluntários também serão vistos com atenção pelos selecionadores, sobretudo se você conseguir demonstrar sua liderança, habilidades de negociação e desenvolvimento de ideias através de sua “intervenção humanitária”.
6. Nem tudo o que se lê/vê pode ser interpretado ao pé da letra. Crítica é importante
Uma habilidade essencial para o internacionalista é o senso crítico. Uma boa análise do cenário internacional deve ser acompanhada de um alto poder de crítica, seja na leitura de uma matéria de jornal, de um artigo científico, seja na análise de um discurso, de uma entrevista, de uma foto ou post no Facebook. Sem senso crítico, você será um mero reprodutor de opiniões diversas.
7. Saber liderar, trabalhar em equipe, negociar e falar em público são habilidades fundamentais a serem desenvolvidas
É tímido(a)? Tem dificuldade em trabalhar com outras pessoas num mesmo projeto? Tem insegurança para liderar um projeto? Eis a hora de buscar ferramentas para vencer a timidez, desenvolver seu espírito de liderança e aprender a trabalhar em equipe. Mesmo que hoje em dia já haja no mercado cursos específicos para trabalhar estas habilidades, o melhor é aprender na prática. Participar de empresas júnior e centros acadêmico, além da organização de eventos, são altamente importantes nesta etapa.
8. Diversifique sua vivência de estágio para definir seu objetivo profissional
Sim, o mercado de RI é altamente amplo. Às vezes fica difícil definir desde o começo do curso a carreira específica que você quer seguir na vida. Por isso, busque diversificar sua aprendizagem profissional nos estágios. Esteja aberto às oportunidades mas, caso não curta a área em que está estagiando ou não vislumbre na empresa um futuro profissional, melhor já procurar outra experiência e pular de galho em galho até encontrar a área que mais condiz com seus interesses e valores pessoais.
9. Aprimore seus conhecimentos em ciências exatas
Você fez RI para fugir da aritmética, álgebra e lógica? Pois é bom saber que se não fortalecer seus conhecimentos em matemática, estatística, raciocínio lógico, angariados durante o Ensino Médio, pode ficar para traz no mercado de trabalho. Seja em qualquer setor no mercado de trabalho que você se insira, saber fazer uma boa planilha do Excel é essencial para se desenvolver. Além disso, caso queira participar de processo seletivo de trainee, certamente terá que passar por uma prova de raciocínio lógico. Se deixar estes conhecimentos de lado, será facilmente eliminado.
10. O Brasil é um polo de atenção internacional. Conheça-o tão bem domesticamente quando externamente (conheça o país e também sua cidade, incluindo pessoas)
O Brasil ainda continua atraindo o holofote internacional. Não é à toa que a mídia internacional continua fazendo do nosso país a capa de suas edições. Se você quer, através de seu trabalho, ser “embaixador” do Brasil, você precisa conhecê-lo bem.  Aproveite seus tempos de faculdade para conhecer todas as regiões do Brasil e ter detalhes de nossa cultura, religiões, sotaques e diversidade. Conhecer bem o país como um todo fará com que você evite passar por vexames lá fora.