quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Bolsas de mobilidade internacional do Programa Fórmula Santander


Estão abertas até 30 de setembro as inscrições para a segunda edição do Programa Fórmula Santander, iniciativa de mobilidade internacional que deverá beneficiar 100 estudantes do Brasil.
O objetivo do programa é promover o intercâmbio de pessoas, culturas e conhecimentos, além da internacionalização da atividade acadêmica.
O valor da bolsa de estudo concedida aos estudantes brasileiros de graduação e pós-graduação será de 5 mil euros. As bolsas poderão ser usadas pelos estudantes em uma das 955 instituições de ensino parceiras do Santander Universidades no mundo.
Para concorrer, o candidato deverá estar matriculado em uma das universidades participantes do programa, sendo necessário preencher o formulário disponível no site do programa. O documento deverá ser entregue na instituição de ensino do aluno até o prazo final das inscrições (30/09).
Entre as universidades paulistas participantes do programa estão a Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e a Faculdade de Medicina de Marília (Famema).

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Marília realizada 9ª Semana de Relações Internacionais - Inscrições vão até 26 de agosto

A Unesp (Universidade Estadual Paulista) realiza a 9ª Semana de Relações Internacionais entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro, no câmpus de Marília. Professores, pesquisadores, profissionais e alunos de Relações Internacionais (RI) podem se inscrever até dia 26 de agosto.
 Esta edição abordará o tema “Pesquisa, práticas e perspectivas das Relações Internacionais”, por meio de conferências, mesas-redondas, minicursos, sessões de cinema e oficinas. Será uma oportunidade para reunir interessados na área promovendo o intercâmbio de ideias e experiências sobre o tema.
Os alunos conhecerão especialistas com diferentes tendências teóricas e metodológicas, do Brasil e do exterior, fazendo com que aumentem suas capacidades de darem respostas para problemas complexos e plurais frequentemente submetidos nos vários ambientes de atuação do futuro internacionalista.
“Vamos discutir a pesquisa que se desenvolve no Brasil e no mundo, as práticas mais importantes e as perspectivas da área, tanto do ponto de vista teórico como das relações interestatais no âmbito do sistema global”, explica Sérgio Luiz Cruz Aguilar, coordenador do evento.
De acordo com Aguilar, o encontro vai explicitar todo o panorama contemporâneo, envolvendo o processo amplo de globalização, os vários pólos de poder, o questionamento do papel do Estado-Nação e as perspectivas de suas relações no sistema internacional.
 O evento vai reunir palestrantes como o embaixador Baena Soares que foi secretário geral da Organização dos Estados Americanos por dez anos e Francisco Rezek ex-ministro das Relações Exteriores e do Supremo Tribunal Federal, e ex-juiz da Corte Internacional de Justiça em Haia.
As inscrições variam de R$ 25 a R$ 55 e podem ser feitas por meio do site: www.9semanaderi.com . As vagas são limitadas.

Informações:
Local: Unesp de Marília
Av. Hygino Muzzi Filho, 737
CEP: 17.525-900 – Marília – SP
Inscrições: www.9semanaderi.com 

Brasil quer que a cúpula Rio+20 fixe metas ambientais


O governo brasileiro espera 50 mil pessoas em junho de 2012, no Rio de Janeiro, quando acontece a Rio+20, a conferência das Nações Unidas que reedita o evento de 20 anos atrás, a Rio 92, também conhecida por Eco 92. Embora o Brasil não defina a agenda do evento, discutida previamente pelos quase 200 países da ONU, os esforços, agora, são de preparar um fórum sedutor o bastante para atrair um grande número de líderes estrangeiros e mostrar algum resultado no rumo do desenvolvimento sustentável.
Além de discutir os caminhos da economia verde no mundo, é possível que o evento produza metas similares aos Objetivos do Milênio, mas que mirem 2030 e versem sobre água, energia ou inovação tecnológica, por exemplo. Outra novidade seria indicar que a referência atual de vigor econômico, o Produto Interno Bruto (PIB) deveria ser revista para contemplar aspectos sociais e ambientais. Como efeito colateral, reconhece Fernando Lyrio, assessor extraordinário para a Conferência Rio+20 do Ministério do Meio Ambiente, há também a redenção na credibilidade do sistema multilateral das Nações Unidas. "Não pode haver vencedores e perdedores em um processo como o da Rio + 20, porque corre-se o risco de gerar pouca apropriação dos resultados.". 
Abaixo, trechos da entrevista que ele concedeu ao Valor.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Diante da (des)ordem mundial, por Celso Amorim


“Tudo que é sólido desmancha no ar”, a célebre frase do Manifesto Comunista de Marx, utilizada como título de um dos raros best sellers de filosofia, de autoria do norte-americano- Marshall Berman, bem poderia descrever a realidade do mundo em que vivemos. Logo depois do espetáculo circense – com malabarismos algo pobres, é verdade – oferecido pelo Congresso norte-americano, uma agência chinesa de avaliação de risco e depois uma norte-americana decretaram o rebaixamento dos títulos dos Estados Unidos. O fato, noticiado quase com naturalidade por boa parte da mídia, se ocorrido 20 anos atrás, no auge da euforia com o “Fim da História”, teria soado como um exercício de ficção científica, um daqueles filmes de apocalipse político dos anos 1950.

Quem poderia prever, logo após a queda do Muro de Berlim, quando o Ocidente celebrava o fim do comunismo e a vitória final do capitalismo e da democracia liberal? E que, em duas décadas, o mundo estaria envolto em incertezas, que os pressupostos que haviam embasado todas as crenças e convicções teriam caído por terra, que o recém-expandido (para acomodar a Rússia) G-8 teria sido substituído por um (então) inimaginável G-20 como o principal fórum para coordenação de política econômica global?
E, para passar do terreno da economia política para o da paz e da segurança, quem imaginaria, não há 20 anos, mas há dois ou três, que Washington assistiria, impassível, ao julgamento, com possível condenação à morte, do seu grande aliado no mundo árabe, o exemplo de “líder moderado” egípcio, Hosni Mubarak? Enquanto a Líbia em chamas (não só pelas atrocidades de Muamar Kadaffi, mas também pelos bombardeios da Otan) aguarda que um lampejo de coragem e sensatez ajude a encontrar uma saída negociada para a guerra civil em que está submersa.
Ao mesmo tempo, conceitos que nos acostumamos a considerar como inabaláveis – mas nem por isso menos sujeitos à manipulação – como o de “ocidente”, passam a inspirar ações terroristas, levianamente atribuídas (e de certa forma descartadas) à loucura de um indivíduo.  Seria preciso recordar o nosso Euclides da Cunha, que, ao comentar as medições feitas no crânio de Antônio Conselheiro, após o massacre de Canudos, recordava que ainda não havia um método para medir as “loucuras das civilizações”. É que, na nossa visão particularista do mundo, somente a religião do “outro” poderia conduzir a atos de barbárie.
E mesmo que se diga, talvez com razão, que se trata de um ato isolado, que não faz parte de uma conspiração ou de um movimento organizado, como separar tal ação do crescimento da extrema-direita- europeia-, fomentado por uma cultura de exclusão do “estrangeiro”, visto como bárbaro invasor. E a mesma atitude de desprezo – que facilmente se transforma em ódio – diante do mundo, revela-se na irresponsabilidade com que o Congresso dos Estados Unidos tratou da questão da dívida, pouco se importando que, em consequência da batalha por ganhos eleitorais, a incerteza sobre a economia mundial pudesse se transformar em crise profunda, que levaria à bancarrota o sistema financeiro internacional, mas, sobretudo, espalharia a fome e a pobreza pelo mundo, em uma escala provavelmente muito maior do que ocorreu durante a Grande Depressão, por causa mesmo da interdependência gerada pela globalização.
Tudo isso faz pensar em uma crise de valores, que vai muito além de um fenômeno puramente econômico ou político e que nos obriga a uma reflexão profunda. Minha geração, que cresceu no pós-Guerra, foi formada em torno de certezas que não mais se sustentam. A esquerda via no socialismo a esperança de salvação não só do proletariado, mas de toda a humanidade. Teve de ajustar seu discurso e, mais que isso, sua visão do mundo a uma realidade sem paradigmas concretos a serem seguidos. De alguma maneira, reinventou-se com base em movimentos de trabalhadores e na defesa de outras causas nobres, como a igualdade de raça e de gênero, a defesa de padrões sustentáveis de vida e o exercício de uma práxis solidária, tida por muitos como irrealista.
Essa atitude teve impacto nos sistemas políticos internos e, de alguma forma, chegou ao cenário internacional, em que pese à resistência conservadora. Não é uma adaptação fácil. Como manter o idea-lismo transformador sem ter mais no horizonte o “socialismo científico” ou outra forma semelhante de utopia? E o que fazer, no mundo de hoje, de conceitos como o de “Ocidente”, que, de Voltaire a Marx, de Bertrand Russel a Sartre, serviram de inspiração para os jovens das décadas de 1950 e 1960, que, já na idade madura, veriam esboroar, juntamente com o Muro de Berlim e a certeza na força do capitalismo norte-americano, os “tijolos” da construção de um novo mundo.  Não é uma coincidência talvez que analistas políticos hoje estejam em busca de novos BRICS.
Essas reflexões aparentemente abstratas não são irrelevantes quando se considera o lugar do Brasil no mundo. Acostumamos a nos ver como um país ocidental, parte de uma civilização que alguns dentre nós queriam transformar e outros conservar, mas cujos alicerces não contestávamos. Hoje, quando assistimos às consequências desastrosas do particularismo, seja muçulmano, cristão ou judeu, seja de qualquer outra índole, devemos nos perguntar se a ideia do não alinhamento, surgida durante a Guerra Fria, como resposta à bipolaridade, não deve ser aprofundada e levada às suas consequências lógicas.
Essencialmente, trata-se de encarar o mundo como ele é, sem os confortos de uma inserção automática, de um lado ou de outro do espectro político. Àquela época, feita a escolha inicial (ou, na maioria das vezes, aceita a condição que decorria de nossa situação no centro ou na periferia), éramos “poupados” de escolhas subsequentes. Nesse “admirável mundo novo”, que sucedeu não só a Guerra Fria, mas de certa forma o “pós-Guerra Fria”, não há agendas prefixadas nem opções predefinidas.  Em política externa, como queria Sartre para os indivíduos, estamos “condenados” a ser livres. Há algo de muito positivo nisso, como vimos no caso das negociações da Alca ou mesmo do Acordo -Mercosul-União -Europeia, em que nossa atitude firme impediu, de forma surpreendente para muitos, que embarcássemos  em arranjos comerciais que teriam, no mínimo, agravado os efeitos da crise financeira de 2008. Naqueles dois casos e na ênfase na integração da América do Sul e na busca de diversificação de parcerias, ficou claro que nosso País tinha não só a capacidade de posicionar-se sobre os temas de uma agenda imposta de fora, como também de – algo novo para nós, pelo menos nessa escala – de “criar” nossa própria agenda.
O que tem ocorrido recentemente no mundo corrobora essa reflexão. Do Irã à Síria, da Primavera Árabe à tragédia líbia, passando pelo reconhecimento do Estado Palestino, nosso País tem sido “obrigado” a posicionar-se de forma independente, frequentemente “inventando” soluções e criando novas coligações, como o IBAS e os BRICS.  Até porque não há mais um ou outro “lado” com o qual possamos ou queiramos nos alinhar. Nossa recente atitude no Conselho de Segurança em relação ao caso da Síria, de cautela em apoiar uma resolução que abrisse caminho para o eventual- uso da força, seguida de uma construtiva busca de consenso em torno da condenação do ataque indiscriminado a civis, é um exemplo desse “exercício da liberdade”, como antes, a nossa busca de um acordo que abrisse caminho para a solução do impasse em torno do programa nuclear iraniano, certamente teve um custo em termos de opinião pública, em geral vítima da desinformação imposta pelo simplismo direcionado da grande mídia. Mas ele é uma consequência inescapável da nossa por fim assumida grandeza, de um lado, e da fluidez da realidade internacional, de outro.
pretensão de sugerir saídas mágicas, como uma nova moeda ou a utilização mais intensa dos Direitos Especiais de Saque, como meios de troca e reserva de valor. -Falecem-me conhecimentos para isso. Mas se a força da moeda repousa, nesta era pós-padrão ouro, na “confiança” (não é outro, como é óbvio, o sentido da palavra “crédito”), alguma solução deve ser buscada para a irreversível perda de credibilidade dos que decidem sobre o futuro da maior economia do mundo (e, em certo grau, também sobre a economia europeia).
O mesmo, mutatis mutandis, se passará na esfera econômica. Não tenho a 
Não devemos rejeitar o que a tradição ocidental nos legou: a força da razão e a busca da justiça com liberdade.  Mas o Brasil é um país plural.  É sul-americano- (e não nos esqueçamos que a América do Sul é tão indígena e afrodescendente quanto europeia). É, também, parte do mundo em desenvolvimento, da mesma forma que nações de outros continentes, como a Índia e a África do Sul, com as quais temos interesses comuns e afinidades, como tem sido demonstrado em -foros econômico-comerciais (como o G-20 e a OMC) e políticos (como o Conselho de Segurança). Não podemos nos limitar a opções únicas. Ou, muito menos, deixarmo-nos cercear pelo pensamento único. Temos de nos relacionar de maneira diversificada, não só na economia, mas também na política. Temos de enfrentar a “angústia” sartriana da escolha e deixar para trás os preconceitos, que, além de eticamente duvidosos, já não são operacionais para atuar no mundo de hoje, em que, mais do que nunca, a evolução dos fatos varre velhas certezas.
*O novo ministro da Defesa com este texto despede-se dos leitores de CartaCapital depois de ter sido titular de uma coluna, Radical Livre, por cinco meses.

Vagas para missões das Nações Unidas para Estabilização do Congo e do Haiti


O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, em parceria com a Organização das Nações Unidas, receberá inscrições de especialistas em Direito interessados em atuar na Missão das Nações Unidas para Estabilização na República Democrática do Congo(MONUSCO) e na Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH).
Para a missão na República Democrática do Congo, é necessário fluência em francês (oral e escrita), além de ser desejado conhecimento em inglês. As inscrições devem ser enviadas ao email ri@oab.org.br até dia 26/08/2011, às 12h. A previsão de início da missão é 10 de outubro de 2011.
Para a missão no Haiti, é necessário fluência em francês (oral e escrita), além de ser desejado ter conhecimento em crioulo haitiano e inglês. As inscrições devem ser enviadas ao emailri@oab.org.br até o dia 08/09/2011, às 12h. A previsão de início da missão é 1º de novembro de 2011.
Os candidatos devem ser servidores públicos e especialistas nas diversas áreas do Direito conforme os requisitos de cada vaga, já que será necessária autorização do órgão público para o que candidato participe da missão. Além disso, o órgão cedente deverá concordar em manter os vencimentos do servidor.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Morador da periferia de Londres se indigna e fala à BBC, tv pública Britânica, sobre os recentes confrontos


Lançamento do livro "Ius Fetiale: As Origens do Direito Internacional no Universalismo Romano" de Luciene Dal Ri

IUS FETIALE – AS ORIGENS DO DIREITO INTERNACIONAL NO UNIVERSALISMO ROMANO
Ius Fetiale – As Origens do Direito Internacional no Universalismo Romano
Autora:  Luciene Dal Ri 
Sinopse (resumo) As características do ius fetiale, bem como o status do direito romano como fonte do direito levaram Alberico Gentili no século XVI e Richard Zouche no século XVII a afirmarem o ius fetiale como uma possibilidade de referência normativa para a construção do “moderno” direito internacional. Atualmente o ius fetiale é afirmado por parte da doutrina jurídica como estando na origem do direito internacional, devido a sua (virtual) validade universal ao regular as relações do povo romano com o exterior.O ius fetiale não se resume ao legado recebido pelos juristas modernos. Devido as suas características ele não pode ser compreendido por meio da categoria “moderna” de direito internacional, entendido sobretudo como direito interestatal. Nesse sentido, a pesquisa apresentada na presente obra propõe o estudo do ius fetiale e do universalismo romano dentro do seu contexto originário, ou seja, como parte do sistema jurídico-religioso romano mais antigo.

domingo, 21 de agosto de 2011

Advogado brasileiro defendeu 'Açougueiro dos Bálcãs' em Haia


O ex-líder sérvio-bósnio Radovan Karadzic, acusado de genocídio na Guerra da Bósnia (1992-1995), nunca gostou da ideia de ter um advogado apontado pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII), apesar de ser sua única opção.
Mas na equipe liderada pelo advogado do TPII Peter Robinson, que finalmente foi aceito por Karadzic em 2008, o "Açougueiro dos Bálcãs" encontrou alguém decidido a acreditar na sua versão.
Advogado Luciano Mendonça, que defendeu Karadzic, em seu escritório, em São PauloO advogado brasileiro Luciano Mendonça, que se ofereceu para participar da equipe enquanto terminava o mestrado em direito internacional público em Haia em 2010, "vestiu a camisa" --como ele mesmo diz.
Quis defender o acusado pela morte de mais de 8.000 muçulmanos em Srebrenica e pelo massacre de Sarajevo, em um cerco de 43 meses. Integrou o grupo com mais cinco advogados, entre janeiro e agosto de 2010.
"Percebia que ninguém da equipe acreditava [no que fazia]. Mas eu sempre vi a defesa dele como o meu trabalho, e não tinha o que questionar", defende Mendonça, que tinha 28 anos na época.
Nos encontros que teve com Karadzic, disse ter percebido no que muitos veem um monstro um homem "arrependido" e "carregado", que ficava o tempo todo estudando o próprio caso.
"Ele estava no lugar errado e na hora errada como presidente de um país que estava se desmantelando", diz. Para Mendonça, "por ser muito fiel a seu partido", Karadzic também foi pressionado a tomar algumas das decisões que levaram às mortes.
Entre uma conversa e outra sobre o caso, Karadzic revelou ao brasileiro gostar do escritor Paulo Coelho. "Mas a conversa não fluiu, porque logo disse a ele que nunca tinha lido um livro dele."
INCONFORMADO
Aos 66 anos e enfrentando um julgamento sem previsão de término, Karadzic nunca teria se mostrado "conformado" com seu destino, segundo o advogado. Para Mendonça, ele tinha motivos para se incomodar: "Era uma guerra, e os dois lados cometeram atrocidades. Mas nenhum militar da Otan foi processado."
O brasileiro assegura nunca ter se questionado se deveria defender um homem acusado de exterminar milhares. "Nem sempre as ações tinham uma ordem direta dele. Muitas vezes, ele perdeu o controle."
Fonte: Folha UOL

Ordem dos Advogados do Brasil oferece bolsa na área de Direitos Humanos na França


O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, em parceria com a Embaixada da França no Brasil, oferecerá, pelo segundo ano consecutivo, uma bolsa de estudos para curso "La protection des droits de l'homme", na École Nationale d'Administration, a ser realizado entre os dias 26 de setembro e 21 de outubro de 2011, em Paris/França.
Os candidatos selecionados receberão o valor de aproximadamente 2.450,00 Euros, para despesas com hospedagem, alimentação e seguro viagem. A passagem aérea ficará a cargo do próprio advogado.
Para participar os candidatos devem preencher os seguintes requisitos:
- Ser advogado, com inscrição regular na Ordem dos Advogados do Brasil;
- Proficiência comprovada no idioma francês;
- Atuar na área de Direitos Humanos;
- Ter passaporte válido, com ao menos seis meses de validade.
Os interessados deverão juntar os seguintes documentos e enviá-los até às 18h do dia 25 de agosto de 2011, para o email ri@oab.org.br:
- Currículo em português;
- Cópia da Carteira de Advogado;
- Comprovante de proficiência no idioma Francês (Certificado, carta de escola de Francês etc);
Destaca-se que a seleção, de caráter eliminatório, será realizada pela Comissão Nacional de Relações Internacionais deste Conselho Federal e pela Embaixada da França. O resultado será divulgado, por email, na primeira semana de setembro.
Para maiores informações sobre o curso, acesse o site da ENA (páginas 36 e 37).
OAB | Relações Internacionais
SAS Quadra 5 - Lote 1 - Bloco M - Brasília - DF | CEP 70070-939
Fone: +55 (61) 2193-9624   

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Certificação é o caminho para atingir mercado externo


As perspectivas e a qualidade para certificação da cachaça do estado do Rio de Janeiro estarão na mesa de debate do 9º Seminário Rio Metrologia, que acontece nos dias 1 e 2 de setembro. 
O evento deste ano tem como tema 'Medir para Competir'. E, para os adeptos da cachaça de alambique, haverá degustação da primeira cachaça fluminense certificada - a 'Menina do Rio'.
Identificada através do selo de conformidade do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e do Inmetro, a certificação pode ser o caminho para a entrada em mercados exigentes, como o europeu. Em 2010, a cachaça foi exportada para mais de 60 países, gerando 10,44 milhões de litros com uma receita de US$ 15,95 milhões, segundo dados levantados pela Associação Brasileira da Cachaça.
Hoje, o País conta com mais de 40 mil produtores (4 mil marcas). As microempresas correspondem a 99% do total de produtores. Porém, a sua grande maioria não possui certificação de seu produto. No Rio de Janeiro, a primeira cachaça certificada pelo INT, que recebeu o selo foi a produzida pelo alambique São Fulgêncio, localizado em Sapucaia, a 70 km de Teresópolis.
O empresário Sergio Lund vem pesquisando sobre a cachaça há seis anos e fez a avaliação de conformidade do seu produto antes mesmo dele chegar ao mercado. 'O Alambique São Fulgêncio chegou ao mercado em junho passado e vai produzir, até o final de 2011, 40 mil litros certificados para abastecer os mercados de Teresópolis, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A meta é alcançar os países da Europa. Os consumidores da Alemanha, França e Portugal já estão fazendo prova da nossa cachaça'. Lundi adianta que a degustação da cachaça 'Menina do Rio' também poderá ser feita no 9º Seminário Rio Metrologia.
A gerente de certificação do Instituto Nacional de Tecnologia, Edir Alves Evangelista, e a tecnologista Rosana Carvalho Esteves, participaram de todo o processo de certificação da 'Menina do Rio', tipos ouro e prata. Segundo elas, a avaliação de conformidade garante que todo o processo controlado e que se tenha um produto mais confiável: 'Todos os elementos químicos que a cachaça pode conter vão estar mapeados, além das informações sobre a produção" - afirma Edir Evangelista.
Fonte: INT 

Leia sobre o Processo de Certificação 

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Cursos online gratuitos oferecidos pelas universidades Stanford, Yale, MIT, Harvard e Berkeley

As universidades de Stanford, Yale, MIT, Harvard e Berkeley oferecem 375 cursos gratuitos.
Entre as áreas de conhecimento estão o direito e as relações internacionais (Political Science, International Relations and Law).




ONU oferece vagas a jovens brasileiros

Candidatos de até 32 anos podem se candidatar para carreira internacional nas Nações Unidas. Inscrições vão até setembro e são para diversas áreas das ciências sociais, humanas e exatas.
O Secretariado-Geral das Nações Unidas incluiu o Brasil na lista de países participantes no Programa de Jovens Profissionais (YPP, em inglês) para o ano de 2011. As opções de carreira, nessa edição, são nas áreas de assuntos humanitários, informação pública e comunicação, administração e estatística. As vagas devem ser preenchidas por profissionais de até 32 anos, que falem com fluência inglês ou francês e que possuam diploma em algum curso superior relacionado à área de atuação. A remuneração básica para quem for trabalhar em Nova York, por exemplo, varia de US$6.200,00 a US$10.800,00, por mês.Todo o processo de inscrição, bem como informações adicionais/dúvidas sobre o programa podem ser obtidas no site do Programa Jovens Profissionais, do Secretariado-Geral das Nações Unidas.
A busca por jovens, como no caso do YPP, pode ser um componente importante na mudança de cultura dentro de uma organização. "Em programas como esse o que se busca é o potencial, e não a experiência do profissional. Do ponto de vista da organização, isso traz benefícios a médio e longo prazo para mudança organizacional. Do ponto de vista do jovem profissional, é uma oportunidade de adquirir conhecimentos e habilidades para se desenvolver profissionalmente", explica Alzira Silva, coordenadora de recursos humanos do PNUD Brasil.O momento é oportuno para os brasileiros que querem ter uma carreira internacional. O crescente envolvimento do País nos fóruns multilaterais e organismos internacionais fez com que, nos últimos anos, aumentasse a demanda por brasileiros ocupando cargos nessas organizações. A lista de países elegíveis para o Programa de Jovens Profissionais é atualizada anualmente, e muda de acordo com o nível de representação que eles possuem no secretariado da ONU. 
Embora existam vários atrativos para uma carreira na ONU, há alguns princípios centrais que devem guiar o candidato em sua escolha. "É fundamental que o profissional se identifique com a causa, a missão da organização. Esse é o primeiro passo para uma escolha acertada", avalia a coordenadora.
Processo seletivo - As inscrições devem ser feitas online diretamente pelo site do Programa Jovens Profissionais. Depois de uma triagem inicial, os melhores candidatos de cada país farão uma prova escrita de conhecimentos gerais e específicos da área de atuação. Somente aqueles que se classificarem serão convidados para a entrevista. As cidades em que as provas serão realizadas ainda não foram definidas. Todo o processo é realizado em inglês ou francês, os dois idiomas oficiais do Secretariado da ONU.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Cartilha do CIDADÃO do MERCOSUL


A Comissão Permanente de Representantes do Mercosul preparou a Cartilhado Cidadão do Mercosul, disponível em Português e Espanhol, a qual compila as normas mercosulenhas mais relevantes.
Dentre os temas abordados, destaco:
  • Circulação de bens e pessoas (o que e quem pode ir de um lado para outro, quais os documentos necessários, etc);
  • Trabalho e seguridade social (aplicação de normas previdenciárias a quem trabalhou em mais de um país do bloco);
  • Exercício de atividades econômicas (dicas para empresas, especialmente as menores);
  • Educação (o que é reconhecido reciprocamente entre os Estados).
Acesse aqui a cartilha do Mercosul em português

sábado, 13 de agosto de 2011

"Somos países cuja influência se amplia", Entrevista com embaixador chinês Qiu Xiaoqi

O Brasil tem muito a aproveitar na parceria com a China, desde que amplie seus horizontes para uma maior cooperação em projetos de ciência e tecnologia e de que seja mais rápido para se adaptar às mudanças. 
A avaliação é do embaixador Qiu Xiaoqi, que está em Brasília desde março de 2009. Em entrevista ao Correio, o diplomata diz que seu país não está interessado apenas em garantir mais um fornecedor de matérias-primas e commodities. Ele lembra que, em quase 40 anos de relações, os países puderam construir uma eficiente associação no desenvolvimento e lançamento de satélites. E que o investimento nas inovações tem muitas oportunidades a oferecer para ambos os lados.

Qual é a importância do Brasil para a China?
As relações diplomáticas entre nossos países têm 37 anos de existência. Em 1993, se estabeleceram parcerias estratégicas, a primeira relação desse tipo entre a China e um país em desenvolvimento. Temos interesses comuns por sermos países em vias de desenvolvimento, emergentes, cujas economias crescem continuamente e cuja influência se amplia em âmbito mundial. Você pode ver que, nos últimos anos, o intercâmbio de visitas de primeiro escalão é cada vez mais frequente.

A China não relegou o Brasil a mero fornecedor de matérias-primas?
Recentemente, participei do início da construção da fábrica de automóveis da Chery em São Paulo, um investimento de US$ 400 milhões. Isso demonstra que, além do comércio bilateral, que temos há muito tempo, queremos incluir mais projetos de alta tecnologia nas relações bilaterais. Não concordo que a China somente exporte produtos com valor agregado ao Brasil e somente importe matérias-primas.

Durante a visita da presidente Dilma, em abril, foi assinado um memorando de entendimento para a importação de 35 aviões da Embraer para linhas aéreas regionais. Em termos práticos, onde é que chineses e brasileiros poderiam andar juntos?
Queremos ampliar nossa cooperação em áreas que consideramos muito mais importantes, como a ciência, a tecnologia, a inovação. Desde o início do governo Dilma Rousseff, foi dada muita importância a essas áreas e à educação. O Brasil já entende que, para ser uma potência mundial, deve ter uma capacidade de inovação à altura. Ultimamente, conversei muito com autoridades brasileiras da área, e concordamos que devemos ampliar a cooperação nesse aspecto. A China tem muitas tecnologias bastante avançadas e gostaríamos de compartilhá-las com o Brasil. Os brasileiros também têm tecnologias muito avançadas.

Por exemplo?
A produção de biocombustíveis. Esse será um terreno em que poderemos trabalhar muito nos próximos anos. Há outros. Na informática e na indústria espacial, a China tem experiência. E há muitos anos temos cooperação na pesquisa e lançamento de satélites. Os dois países concordam que devemos continuar essa cooperação, e isso foi acertado durante a visita da presidente. A China tem muita experiência no desenvolvimento da indústria espacial, e o Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento que têm essa mesma capacidade.

Além dessas, o senhor vê outras áreas em se possa avançar?
Temos muitas áreas para avançar juntos. Por exemplo: no campo da educação, o Brasil planeja enviar, até 2014, 75 mil jovens para estudar ciência e tecnologia em outros países. A China poderia ser um ponto de chegada para esses estudantes. No turismo, também temos muitas possibilidades de cooperação. A melhora do nível de vida permite a muitos chineses viajarem pelo mundo. Você poderá encontrar muitos turistas chineses nos Estados Unidos, na Europa, na Ásia, consumidores importantes que criam muitas oportunidades de emprego. Por que não fazer o mesmo no Brasil? No esporte, temos visitas recíprocas previstas para estudar oportunidades de cooperação, concretamente na organização da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016.

O senhor esteve em outros países da América Latina. O Brasil poderia ser um ponto de partida para empresas chinesas oferecerem projetos à região?
Durante a visita da presidente, brasileiros nos informaram que têm projetos muito ambiciosos para um sistema de integração física que possa melhorar muito as condições de transporte entre o Brasil e os vizinhos - Argentina, Uruguai, Paraguai, ao sul, Guiana, Venezuela e Peru, ao norte, além do Chile. Acho que no futuro poderíamos participar dessa rede.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Itália proíbe uso de véu para mulheres


Em meio ao crescimento de movimentos nacionalistas e de extrema direita na Europa, a Itália se tornou – depois de França e Bélgica – o terceiro país do continente a tentar impedir que mulheres utilizem tecidos para cobrir os seus rostos em locais públicos.

A Comissão de Assuntos Constitucionais do Parlamento italiano aprovou na terça-feira 2/agosto um projeto de lei que proíbe o uso do véu integral, seja o hijab (cobertura em volta da cabeça) ou o niqab (que deixa apenas os olhos descobertos).

Na Lituânia, conscientização no trânsito se faz “no braço”


Prefeito da capital da Lituânia inova
na conscientização contra automóveis 

estacionados ilegalmente em ciclovias:
“se parar ai, passo com um blindado
 por cima do seu carro”.
Arturas Zuokas, prefeito de Vilna, capital da Lituânia, organiza uma curiosa campanha pela educação no trânsito em sua cidade. Eleito em fevereiro deste ano para o cargo para o qual já ocupou entre 2000 e 2007, ele realizou um vídeo de conscientização para motoristas que estacionam seus veículos ilegalmente na cidade. Na verdade, o público-alvo era um pouco mais específico: há meses a prefeitura recebia reclamações de carros de luxo estacionados em ciclovias da capital.
Zuokas, que antes de entrar para a política foi repórter de guerra, aparece no filme em cima de um blindado que esmaga uma Mercedes Benz estacionada em uma cliclofaixa. “Isso é o que acontecerá se você estacionar seu carro em local proibido”, diz o prefeito em tom ameaçador.
Diante de um ator que faz às vezes de dono endinheirado do possante – vestido de modo que facilmente seria confundido com qualquer capanga do filme Scarface – Zuokas é ainda mais enfático: “Da próxima vez, estacione seu carro em um lugar apropriado”.
Foi precisamente o carisma de Zuokas que lhe garantiu o retorno a prefeitura da cidade. Seu adversário no pleito de fevereiro, o conservador prefeito Raimundas Alenka, era bem avaliado pela população da cidade e tinha bom trânsito entre membros do EAPL, partido que representa a minoria polonesa no país. “Mas faltava a ele o carisma político que Zuokas tem”, escreve o Centre for Easter Studies.
Os cidadãos de Vilna escolheram por um candidato lembrado por modernizar a cidade em seu primeiro mandato, com a construção de pólos comerciais. Durante a campanha, entretanto, ele foi acusado de, com isso, priorizar o interesse de círculos específicos do empresariado da capital.
Veja o vídeo da campanha do prefeito contra os carros que estacionam em local proibido:

Revista Cadernos da Escola de Direito e Relações Internacionais da UNIBRASIL - Prazo: 31 de outubro de 2011

A Revista Cadernos da Escola de Direito e Relações Internacionais da UNIBRASIL comunica que se encontra aberto o prazo para o recebimento de artigos para publicação na próxima edição do periódico (2º semestre de 2011), disponível, exclusivamente, em versão eletrônica (http://apps.unibrasil.com.br/revista/index.php/direito/issue/archive).
Os artigos devem ser encaminhados por e-mail (cadernosdedireitoeri@unibrasil.com.br) até 31 de outubro de 2011.
Este volume contará com dossiê sobre “Direito e tecnologia”, mas são aceitas contribuições relacionadas a qualquer temática concernente a nossa linha editorial.
Visualize abaixo as diretrizes para a submissão de artigos.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Edgar Morin no Fronteiras 2011

antropólogosociólogo e filósofo francês Edgar Morin volta ao Fronteiras do Pensamento três anos após sua participação na edição de Porto Alegre.
Abordando seu mais recente livroLa voie - pour l'avenir de la humanité  (tradução livre Ocaminho - para o futuro da humanidade), Morin discute propostas para ultrapassar a criseglobal atual. Para o filósofonuma era de incertezas e contradiçõesé urgente acabar com ofatalismo do “nada podemos fazer” para inverter a crise financeira mundial que, de acordo com Morin, é tudo menos conjuntural ou momentânea“Estão profundamente enganados os que pensam poder voltar à velha mentalidade imediatista e à corrida vertiginosa que confunde economia e ficçãoIsso não será mais possível, sob pena de tudo piorar.”

Os melhores momentos da intervenção de Morin em 2008: